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Déficit de atenção também afeta adultos

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

 

Segundo o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, não é só durante a infância que podem surgir sintomas do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), de acordo com um novo estudo brasileiro.
A pesquisa aponta que, ao contrário do que estabelece o DSM, manual de psiquiatria americano usado como referência em diversos países, o TDHA poderia surgir em adultos que não apresentaram sintomas até a puberdade.

O estudo, explica Glauco, publicado em maio no “Journal of the American Medical Association”, acompanhou mais de quatro mil pessoas dos 11 aos 18 anos de idade em Pelotas (RS). No início da pesquisa, 8,9% dos participantes foram diagnosticados com TDAH. No fim, aos 18 anos, 12,2% tinham o transtorno.

Excluindo indivíduos que apresentavam fatores que podiam influenciar no resultado, como por exemplo o abuso de drogas, os pesquisadores chegaram a um total de 6,3% de adultos com TDAH. O interessante é que somente 17,2% das crianças com o transtorno continuaram apresentando sintomas na idade adulta e apenas 12,6% dos adultos com o problema o tinham na infância.

A preponderância de meninos com déficit de atenção também se inverteu na idade adulta, quando o problema acometeu mais mulheres.

MÉRITO DOS PAIS
Muita coisa pode explicar essa disparidade. É possível, por exemplo, que pais cuidadosos e estímulos ambientais amenizem um déficit de atenção na infância. Já na idade adulta, quando a cobrança aumenta, seria mais difícil mascarar os sintomas.

“Mas também é possível que estejamos diante de dois problemas distintos. O TDHA adulto pode ser independente do infantil”, diz Glauco.

Longe das obrigações escolares, o déficit de atenção ganha contornos mais graves. “Pesquisas apontam que adultos com TDAH se envolvem em mais acidentes de trânsito, brigas, são mais propensos a serem presos, a contraírem doenças sexualmente transmissíveis, a largarem os estudos. São, em suma, pessoas mais impulsivas e com dificuldades em lidar com as exigências da vida adulta”, diz Glauco.

“Talvez o maior problema do adulto com esse tipo de déficit seja a dificuldade em prospectar consequências e em sentir prazer com planos”, diz Glauco. “Um adulto normal pode ter seu sistema de recompensa ativado diante da possibilidade de conquistar algo. Quem tem TDHA só sente prazer quando o prêmio chega.” Isso tornaria os portadores da síndrome mais imediatistas. “É como se o cérebro dessa pessoa fosse eternamente adolescente”, conclui Glauco.

O tratamento para adultos é semelhante ao das crianças. Envolve medicamentos (sendo a Ritalina o mais difundido) e práticas complementares como treinamento cognitivo e meditação, usados para diminuir a dispersão.

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