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Doenças Psiquiátricas têm mais em comum do que pensávamos

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar têm mais em comum do que pensávamos anteriormente. Esses transtornos aparentam estar conectados por meio de não só mutações de genes, mas as mutações genéticas associadas que atuam de modo conjunto, a fim de governar o sistema imunológico, sinalização cerebral e função do genoma ao longo da vida, conforme um estudo publicado na revista Nature Neuroscience.

Essa descoberta pode significar que no futuro somente um medicamento seja requerido para tratar todos esses transtornos.

“Essas doenças psiquiátricas compartilham mais do que genes individuais”.

Este é o primeiro estudo a mostrar que a sobreposição genética entre transtornos psiquiátricos conduz a opções expressivas de tratamento, afirma Glauco. Essencialmente, o estudo permite a tradução da informação genética para formar um mapa que viabiliza a descoberta de novos medicamentos.

Aproximadamente 50 por cento dos adultos nos EUA irão desenvolver uma doença mental ao longo de suas vidas, de acordo com Glauco. Esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão irão afetar respectivamente 1%, 4% e 17% da população adulta. Esses transtornos demandam gastos enormes com tratamento. A maioria das pessoas diagnosticadas com doença mental é pouco ou não tratada, de acordo com um estudo dos US mental health services, publicado no Journal of the American Medical Association. Em termos gerais, os custos com doenças mentais nos EUA chega a US$ 300 bilhões, considerados os gastos diretos com tratamento, perdas salariais e licenças por incapacitação psiquiátrica.

A descoberta de novas drogas para tratamento desses transtornos está praticamente paralisada. Essa descoberta atual pode incentivar novas abordagens que irão ajudar esses pacientes no futuro.

“Por ser este o primeiro estudo que demonstra o mecanismo de relacionamento entre esses transtornos, precisamos de mais pesquisa para caracterizar como a doença psiquiátrica atua no corpo,” afirma Glauco.
Glauco diz que muitas das variantes genéticas já comprovadamente demonstradas como responsáveis pelo aumento de risco ao longo da vida de desenvolvimento de doença mental atuam em conglomerados, desempenhando papéis significativos em imunidade, processos de sinalização do cérebro e a função do genoma. Esses transtornos não somente apresentam mutações genéticas compartilhadas, mas as mutações genéticas chegam a formam conglomerados de expressão genética que se responsabilizam pela execução de processos essenciais no corpo.

Essas descobertas podem impulsionar o movimento de 2010 promovido pelos National Institutes of Mental Health para desenvolvimento de medidas clinicamente úteis baseadas em genética e neurociência. “Estudos futuros de doença psiquiátrica deveriam ser talvez baseados nos próprios sintomas (em comum aos transtornos) observados nos pacientes, em vez dos critérios diagnósticos tradicionais”, defende Glauco, especialmente porque vários sintomas se sobrepõem entre diversos transtornos mentais, e numa mesma doença a pessoa pode desenvolver um conjunto de sintomas, mas não necessariamente outros.

O próximo passo é o de verificar se os conglomerados de sintomas de transtornos psiquiátricos acompanham certos padrões no funcionamento do corpo, afirma Glauco. Tal análise pode promover o desenvolvimento de drogas que atuem sobre sintomas específicos presentes em mais de um transtorno. Isso pode levar ao desenvolvimento de uma droga que reduza a probabilidade de uma pessoa desenvolver um desses transtornos, antes de mais nada — embora essa aplicabilidade de medicação seja apenas especulativa no momento.

“O estudo pode também ajudar os médicos a focalizarem mais os diagnósticos de sintomas, em vez de categorias de doenças/transtornos”.

Obviamente a genética não resume a história completa. A experiência vivida de uma pessoa desempenha um papel fundamental no risco de desenvolvimento de uma doença mental grave. Ainda assim, afirma Glauco, fatores genéticos são bastante importantes. Descobrir um jeito de regular esses trajetos pode não impedir que todas as pessoas com risco desenvolvam um transtorno mental, mas pode um dia dar a essas pessoas melhores chances de evitar uma doença mental, ou de ao menos permitir a elas administrar sua doença e deixá-la menos grave e incapacitante.

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