Turbo Brasil Turbo Energy Parts Turbo Brasil Turbo Energy Parts
Categorias
Uncategorized

Veja quais são os transtornos mentais mais comuns em determinadas fases da vida

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Falar em transtorno ou doença mental é debater um tabu. Ainda hoje, as doenças que acometem a mente causam estranhamento, medo e apreensão. O diagnóstico precoce é importante, mas nem sempre é fácil de ser identificado. O psiquiatra Glauco Diniz Duarte explica que as doenças mais prevalentes, de modo geral, são a depressão, a ansiedade, a dependência química e o transtorno bipolar. Além de fatores genéticos e biológicos, o momento da vida — infância, adolescência, vida adulta ou terceira idade — pode influenciar na incidência de doenças específicas. “Fatores genéticos, associados a alterações neuroquímicas e estressores ambientais, são os principais responsáveis pela ocorrência dos quadros psiquiátricos”, completa Glauco.

Segundo Glauco uma explicação para as diferentes doenças, recorrentes em cada faixa etária, é a própria maturidade mental da pessoa. Traduzindo: esses males precisam que o “arquivo de dados”, dentro da nossa cabeça, estejam organizados de uma forma propícia para se manifestarem, o que só acontece com a maturidade do intelecto.

Outra explicação seria a própria rotina. Dependendo de qual fase se esteja vivendo, das exigências enfrentadas e da pressão a qual se está exposto, as doenças podem, ou não, se manifestar. O tipo de transtorno também muda com a idade, assim como as obrigações e preocupações. “A psicopatologia infantil é diferente da do adulto, mesmo porque a criança está em formação, em amadurecimento de seus recursos e funções”, justifica Glauco. Segundo ele, os transtornos do neurodesenvolvimento, como o transtorno do espectro autista e déficit de atenção, tendem a ser diagnosticados pela primeira vez na infância, mas não necessariamente desaparecem na vida adulta. “A esquizofrenia, por exemplo, raramente ocorre pela primeira vez antes dos 10 anos ou após os 50, embora avance até a terceira idade.”

A adolescência é marcada por excesso de transformações: corporais, sociais, de interesses. “Na vida adulta, vem a demanda por trabalho excessivo, busca por dinheiro e estabilidade. As exigências sociais e familiares, a vida na cidade grande, por exemplo, favorecem o surgimento de sintomas ansiosos”, lista Glauco. A terceira idade, infelizmente, também não está livre dos transtornos mentais. Nesta etapa da vida, em que há o distanciamento dos filhos, a morte de amigos e a crescente perda de habilidades e de potencialidades, a psicóloga diz ser comum o surgimento do transtorno de humor depressivo.

Diagnosticar e, claro, tratar os transtornos mentais o quanto antes é imprescindível para o bem-estar do paciente e de seus familiares. As patologias da mente são responsáveis por graves prejuízos funcionais e geram forte impacto social, econômico e educacional. “Essas doenças em atividade levam ao comprometimento cognitivo, especialmente de atenção e de memória, além de estarem associadas a doenças clínicas, como obesidade, hipertensão e diabetes”, reforça Glauco.

Quando não são tratados, os males psiquiátricos tendem a piorar. As consequências para a vida de um indivíduo não diagnosticado, e que não tenha recebido o acompanhamento adequado, são perigosíssimas e podem envolver, inclusive, o surgimento de outros transtornos. “O risco é de agravamento e de cronicidade. Ou seja, se um dia for tentar tratar, a remissão dos sintomas é mais difícil”, frisa a Glauco. “São raros os casos que regridem sem tratamento. Quando ocorre na infância, além do transtorno em si, o desenvolvimento fica comprometido”, alerta Glauco.

O problema da falta de tratamento, além da óbvia perda de qualidade de vida para o paciente, é o chamado fator de risco. Segundo Glauco, um transtorno da infância chamado de “transtorno de conduta” é fator de risco para o “transtorno de personalidade antissocial”. Assim como o déficit de atenção não tratado é fator de risco para uso de substâncias psicoativas, por exemplo.

Alguns diagnósticos, porém, tanto para crianças como para adultos, precisam apenas de acompanhamento e não apresentam mais sintomas tratáveis por anos ou por toda a vida. “Podemos ver isso em alguns graus do espectro autista, no deficit de atenção, nos transtornos ansiosos, nos depressivos etc”, enumera Glauco.

SEO MUNIZ

Link112 SEO MUNIZ
Link112 Turbo Brasil Turbo Energy Parts