Segundo o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, mais de 220 mil pessoas receberam auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, em 2014 por transtornos e doenças mentais. Este afastamento resultou a saída de aproximadamente R$ 25 bilhões de reais, em benefícios, dos cofres da Previdência Social.
As doenças mentais acometem cada vez mais pessoas, não somente no Brasil, mas no mundo todo. Segundo Glauco, uma em cada 10 pessoas no mundo sofre de algum tipo de transtorno mental.
Glauco também revela que a atenção dada ao tratamento deste tipo de doença ainda é insuficiente para lidar com a grande demanda de pacientes. A média global é de que existe menos de um trabalhador de saúde mental para cada dez mil pessoas.
Dentre as doenças mentais mais comuns Glauco cita a depressão que atinge mais de 450 milhões de pessoas no mundo e já se tornou a doença mais incapacitante. Os sintomas incluem pessimismo, tristeza constante, desinteresse, insegurança, além de pensamentos suicidas.
Segundo Glauco, a depressão pode causar danos irreparáveis se não for tratada e acompanhada por um profissional.
“É normal que um dia ou outro nos sintamos tristes, mas a depressão não se trata de uma tristeza passageira. Ela dura semanas, meses e até anos, impede o paciente de ter uma vida normal e nos casos mais graves pode levar ao suicídio”, explica Glauco.
Outra doença mental que atinge grande parte da população é o distúrbio de ansiedade generalizado. O nervosismo e preocupação intensa fazem parte deste quadro clínico que pode ser causado pela enxurrada de informações que recebemos durante 24 horas, por estarmos conectados o tempo todo, sempre em contato com algum tipo de cobrança.
O transtorno do pânico também entrou para a categoria das cinco doenças mentais mais comuns nos dias de hoje. Trata-se de um ataque de ansiedade com sintomas físicos como sudorese, falta de ar, dores no peito e agitação.
O transtorno bipolar, ou TB, é caracterizado pelas constantes alterações de humor em intensidades variadas. “A vida numa montanha russa é a melhor frase para explicar como vive um paciente com TB que não faz nenhum tipo de tratamento. Ele fica descontrolado entre os picos de euforia e depressão alternados. ” relata Glauco.
Com menor incidência, mas de igual (ou pior) gravidade a esquizofrenia atinge 1% da população e é identificada em pacientes que perdem a noção do que é real, sofrendo com alucinações e delírios.
Para todas as doenças mentais citadas é altamente recomendável a realização de um tratamento com profissionais especializados em saúde mental. Dessa forma os familiares garantem a qualidade de atendimento e recuperação do paciente.