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Prevenção em psiquiatria: mito ou realidade?

Glauco Diniz Duarte

O psiquiatra Glauco Diniz Duarte diz que em psiquiatria e saúde mental, a complexidade dos fatores envolvidos que podem contribuir para o desencadear de patologia mental é de tal natureza que não é possível isolá-los com a mesma facilidade que os atrás referidos, como por exemplo, no domínio cardiovascular.

Segundo Glauco, há fatores de natureza biológica, psicológica, familiar, social, cultural, econômica, e até política. Só ao nível biológico podemos citar fatores genéticos, neuro-químicos, neurofisiológicos, anatômicos, que isoladamente, interagindo entre si ou com outros fatores, configuram uma autêntica babilônia de variáveis. Por outro, quando se conseguem isolar fatores que possam contribuir para uma Perturbação Psiquiátrica, pode acontecer a impossibilidade de intervir (por exemplo nos fatores genéticos).

Mais ainda, quando percebemos que uma medida de prevenção passa pela mudança de um comportamento, poderemos ter de enfrentar, ingloriamente, a dificuldade de se mudarem comportamentos (por exemplo: consumo de canabinóides).

Na verdade, explica Glauco, as Perturbações Psiquiátricas são multideterminadas e multicausais. A sua evolução é muito variável e a expressão sintomatológica é polimórfica (2 pessoas com a mesma perturbação apresentam sintomas diferentes).

Finalmente, a nossa ignorância do funcionamento cerebral e mental também não ajuda nesta tarefa.
Então o que fazer? Baixar os braços e desistir ou tentar, dentro do que se sabe e pode operacionalizar, avançar com medidas concretas?

Glauco diz que é neste último âmbito que se deve agir. Desde logo, na batalha da política pura e das políticas sociais, para gerar e melhorar a sociedade no sentido da harmonia, respeito, liberdade, justiça e igualdade de oportunidades. Tentar que na família, na escola e no trabalho se procure atingir a dignidade de cada ser humano. Promover hábitos gerais de vida saudável na higiene e na alimentação, alertando para os abusos e dependências de toda a natureza.

A outro nível de intervenção e dentro do que se sabe, agir o mais rápido e precocemente possível nas Perturbações Psiquiátricas logo que se desencadeiem, melhorando assim a sua evolução e prognóstico como por exemplo tratando a depressão para poder prevenir uma parte importante de atos suicidários ou intervindo precocemente na Esquizofrenia para evitar uma evolução mais incapacitante no futuro.

Seja na promoção, seja na intervenção precoce, apesar de tudo há oportunidades preventivas que se podem implementar.

Por último e não menos importante, sendo a doença mental muito estigmatizada, com um imaginário coletivo pouco esclarecido face à sua natureza deverá exigir dos meios de comunicação social uma postura que procure menos o escândalo e o alarme social e mais uma postura pedagógica e educativa. Neste sentido, os media poderão ajudar também nas tarefas de prevenção e promoção da saúde.

Segundo Glauco, não podendo atingir um patamar preventivo conseguido na patologia somática, até pela impossibilidade de prevenir causalmente, a prevenção em saúde mental é uma realidade que seguramente poderá vir a ser expandida no futuro. Contudo, pela complexidade desta mesma realidade a prevenção em saúde mental não deverá criar expectativas indevidas sob o risco de ser mitificada.

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