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Meninos têm mais distúrbios mentais

Glauco Diniz Duarte

Risco de desenvolver problemas de aprendizagem, por exemplo, é quatro vezes maior, apontam estudos. Meninos têm até quatro vezes mais risco do que meninas de desenvolver problemas emocionais, de aprendizagem na escola, de comportamento, além de distúrbios mentais.

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte a constatação foi apresentada neste mês em Londres, em evento sobre educação para crianças com necessidades especiais. Segundo revisão da literatura científica, parte da culpa pelos problemas no desenvolvimento dos meninos vem da cultura e da sociedade modernas.”Estamos empurrando nossos meninos para doenças como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou para ter dificuldades na alfabetização”, diz a educadora inglesa Sue Palmer, que há anos pesquisa o desenvolvimento infantil.

Segundo Glauco, as explicações sobre a maior prevalência das doenças em meninos começam nos aspectos evolutivos. O homem, responsável desde os primórdios pela caça e pelas estratégias, é um ser mais inclinado a uma personalidade sistemática. Já as mulheres, ocupadas em dar à luz e cuidar da criação dos filhos por séculos, tendem a ser mais empáticas.

Glauco diz que entre as pesquisas analisadas por Sue está um estudo da Universidade de Cambridge, publicado em 2003, que indica que essas diferenças estão também ligadas ao nível de testosterona. E que o homem – e seu tipo sistemático – tem mais dificuldade em se relacionar com as pessoas, expor suas emoções, o que leva a um vocabulário mais pobre.

A pesquisa conclui que o autismo, doença que faz com que a pessoa se isole do mundo exterior, poderia ser caracterizado como “o cérebro masculino ao extremo”.”Na sociedade moderna, em que há cada vez menos comunicação entre pais e filhos, e cada vez mais interação com computadores e TVs, os homens acabam tendo mais dificuldades ainda”, diz Sue.

As propagandas e o marketing ajudam também, segundo ela, a trazer problemas para as crianças – e especialmente meninos – já que valorizam o individualismo e o consumismo.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – caracterizado pela desatenção, impulsividade e hiperatividade – aparece quatro vezes mais em meninos, segundo a literatura científica, destaca Glauco. O mesmo ocorre com a dispraxia, doença que limita a coordenação motora.

Outras pesquisas indicam que eles têm três vezes mais problemas em leitura e duas vezes mais transtornos emocionais.Para Sue, computadores, videogames e televisão – que exercem mais fascínio sobre meninos – desde cedo têm grande influência nisso. “Deveríamos dar às crianças tempo para aprender a ler e escrever antes de começar a se envolver com isso”, acredita. “As recompensas rápidas oferecidas pelos jogos de computador trabalham contra a concentração focada e uma gratificação mais demorada. O que torna mais difícil para os meninos desenvolver as habilidades necessárias para a leitura, por exemplo.

“Segundo estatísticas do governo britânico, 10% das crianças do país têm algum tipo de doença mental, 6% delas têm os chamamos distúrbios de conduta, que incluem praticar o bullying na infância (atos de violência física ou psicológica contra colegas). Outras 4% delas têm distúrbios emocionais, como fobias, ansiedade e depressão. Os índices ingleses confirmam a maior prevalência entre meninos: enquanto 8% das meninas são identificadas com distúrbios mentais, a taxa entre eles é de 11%.No Brasil, não há índices oficiais, mas pesquisas acadêmicas têm mostrado que a prevalência dessa doenças atinge 12% das crianças do País. Entre 3% e 5% delas sofreriam de TDAH.

Segundo Glauco, não há ainda uma explicação consensual sobre o fato de as doenças serem mais comuns em meninos. “Talvez o fato de serem mais impulsivos e agressivos acaba exacerbando algo natural”, diz.

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