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Distúrbios depressivos em crianças e adolescentes

Glauco Diniz Duarte

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, os distúrbios depressivos em crianças e adolescentes são caracterizados por um profundo e anormal estado de espírito, de tristeza e de irritabilidade suficientemente graves e persistentes para interferir na atividade normal ou provocar um distúrbio considerável. O desinteresse ou falta de prazer nas atividades pode tornar-se bastante evidente. O diagnóstico é fornecido por história e exame. O tratamento é feito com antidepressivos, psicoterapia, ou ambos.

A depressão maior ocorre em cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes. Não são conhecidas as frequências dos outros tipos de depressão. A causa da depressão em crianças e adolescentes é desconhecida, mas, em adultos, acredita-se que seja o resultado das interações de fatores de risco determinados geneticamente e pelo estresse ambiental (particularmente por privação e perdas ocorridas muito cedo, na vida).

Sinais e sintomas
Segundo Glauco, as manifestações básicas da depressão infantil são semelhantes às dos adultos, porém estão relacionadas com as preocupações da criança como tarefas escolares e brincadeiras. As crianças podem ser incapazes de explicar seus sentimentos íntimos. A depressão deve ser considerada quando o desempenho próprio da idade é ruim na escola, ocorre isolamento social ou cometem atos de delinquência.

Os sintomas comuns incluem
• Aspecto triste
• Irritabilidade excessiva
• Apatia e isolamento
• Redução da capacidade de recreação (expresso com ar de profundo aborrecimento)
• Sentimento de rejeição e desamor
• Somatização (p. ex., cefaleia, dor abdominal, insônia)
• Persistente autocensura

Em algumas crianças com distúrbios depressivos o estado de humor predominante é a irritabilidade em vez da tristeza (uma diferença importante entre as formas infantis e adulta).

Ainda estão incluídos anorexia, perda de peso (incapacidade de ganhar peso), interrupção do sono (incluindo pesadelos), desânimo e ideias suicidas. A irritabilidade associada à depressão infantil pode manifestar-se como comportamento hiperativo, agressivo e antissocial.

Os distúrbios do humor podem ocorrer em crianças com retardo mental, mas podem manifestar-se como sintomas somáticos e distúrbios comportamentais.

A principal depressão no adolescente é fator de risco no mal desempenho acadêmico, uso de drogas e comportamento suicida ( Comportamento suicida em crianças e adolescentes ). Enquanto deprimidos, crianças e adolescentes tendem a progredir muito pouco academicamente e perdem importantes relacionamentos entre seus pares. Sem tratamento pode haver remissão em 6 a 12 meses, mas as recorrências são comuns.

Diagnóstico
• Avaliação clínica
Glauco diz que o diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas. Uma cuidadosa revisão da história e análises laboratoriais apropriadas são necessárias para excluir o uso de drogas e doenças físicas (p. ex., mononucleose infecciosa, doenças da tireoide, uso de drogas). A história deve focar fatores causais como violência doméstica, abuso sexual, exploração e efeitos adversos de drogas. Também devem ser questionados os comportamentos suicidas (p. ex., ideia, gestos, tentativas).

Também devem ser considerados outros distúrbios mentais que possam causar sintomas depressivos, incluindo ansiedade e distúrbio bipolar. Algumas crianças que desenvolvem o distúrbio bipolar ou esquizofrenia apresentam inicialmente a depressão maior.
Feito o diagnóstico, a avaliação da família e do ambiente social é necessária para identificar estresses que possam ter precipitado a depressão.

Tratamento
• Medidas conjuntas dirigidas à família e à escola
• Geralmente antidepressivos mais psicoterapia para os adolescentes
• Para os pré-adolescentes, psicoterapia seguida, se necessário, de antidepressivos

Ao lado do tratamento, destaca Glauco, devem ser instituídas medidas apropriadas na família e na escola para melhorar seu desempenho e fornecer acomodações educacionais apropriadas. Nas crises agudas pode ser necessária a hospitalização, principalmente se forem identificadas tendências suicidas.
Para os adolescentes (como para os adultos), uma combinação de psicoterapia com antidepressivos funciona melhor do que tratamentos isolados. A situação do pré-adolescente depressivo é menos clara. A maioria dos clínicos opta por um programa de psicoterapia para as crianças, a menos que a depressão seja grave ou não tenha havido boa resposta a um tratamento psicoterápico anterior. Nos casos muito graves, pode dar bom resultado o uso de antidepressivos associado à psicoterapia (fluoxetina pode ser utilizada em crianças ≥ 8 anos).

Quando houver indicação para o uso de antidepressivos, os ISRS são os medicamentos escolhidos como de primeira linha ( ISRS para o tratamento de crianças ≥ 12 anos). O comportamento das crianças deve ser monitorado cuidadosamente devido aos efeitos colaterais de emergência (ver no rodapé da ISRS para o tratamento de crianças ≥ 12 anos), como a desinibição e estimulação do comportamento. Sugestões baseadas em pesquisas com adultos mostram que os antidepressivos que agem sobre os sistemas serotoninérgicos e adrenérgicos/dopaminérgicos podem ser modestamente mais eficientes, entretanto tais medicamentos (p. ex., duloxetina,venlafaxina, mirtazapina, certos tricíclicos, particularmente a clomipramina) também tendem a ter mais efeitos colaterais. Estes medicamentos podem ser especialmente úteis nos casos resistentes ao tratamento. Antidepressivos não serotoninérgicos como a bupropiona e desipramina também podem ser associados aos ISRS para aumentar a eficácia.

Há, recentemente, preocupações de que antidepressivos aumentem o risco de suicídio em algumas crianças e adolescentes. Estas drogas são atualmente rotuladas com advertências sobre o suicídio. Paradoxalmente, vários estudos sugerem que o uso dos antidepressivos reduziu significativamente o risco de suicídio. Não está claro como interpretar estes dados contraditórios. Entretanto, se o suicídio é uma preocupação, os seguintes dados podem diminuir este risco:
• Pais e profissionais da saúde mental devem discutir o assunto em profundidade
• A criança ou o adolescente deve ser supervisionado em nível apropriado
• Psicoterapia com consultas agendadas regularmente devem ser incluídas no planejamento terapêutico

Como acontece com os adultos, também são comuns a recaída e a recorrência. As crianças e os adolescentes devem permanecer sob tratamento por pelo menos 1 ano após os sintomas terem desaparecido. A maioria dos especialistas concordam que crianças que tiveram dois ou mais episódios de depressão maior devem ser tratadas indefinidamente.

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