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5 mitos e verdades sobre a esquizofrenia

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Para o psiquiatra Glauco Diniz Duarte quanto mais o assunto sobre esquizofrenia for abordado de forma transparente e esclarecedora, melhor será para os pacientes se livrarem do estigma relacionado à doença.
“Ao incentivar discussões sobre o tema, ajudamos pacientes, familiares e o público em geral a ter um maior entendimento sobre esquizofrenia, o que colabora na busca pelo diagnóstico, acompanhamento e tratamento médico precoce, fatores fundamentais para que esses pacientes tenham uma vida ativa e funcional”, diz Glauco.

A esquizofrenia atinge em torno de 1% das pessoas e atualmente é responsável por 25% das internações psiquiátricas. A doença é considerada uma das cinco principais causas de perda de anos de vida saudável por incapacidade (DALY), entre os transtornos mentais e comportamentais. No Brasil, estima-se que sejam mais de 1,6 milhão de pessoas com o transtorno, onde 81,5% destes dependem do setor público, mas 71% não recebem tratamento regular, sofrendo recaídas potencialmente evitáveis.

Para conhecer mais sobre a esquizofrenia veja abaixo os cinco principais questionamentos sobre a doença, respondidos por Glauco, que também desmistifica a ideia de que ainda não existe tratamento disponível eficaz:
1- É uma doença mental?
Verdade. A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado por alterações significativas no pensamento, percepção, cognição e emoções. Como na grande maioria das doenças crônicas, a identificação dos sintomas, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e contínuo são condições fundamentais para minimizar os impactos à qualidade de vida do paciente. As causas da esquizofrenia ainda não são totalmente conhecidas, mas os médicos acreditam que o desenvolvimento desta doença seja causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

2- A esquizofrenia não tem tratamento efetivo?
Mito. A esquizofrenia é uma disfunção mental e cerebral, porém é altamente tratável. Normalmente ela cursa com momentos de maior ou menor intensidade de alguns sintomas e isto influencia em parte o tratamento, ou seja, se é um episódio agudo, se o paciente está em remissão parcial dos sintomas ou em uma fase de estabilização. Além do uso regular e continuado dos antipsicóticos diários, que ajudam a controlar os delírios e alucinações e prevenir recaídas, há terapias mais novas que são injetáveis que têm longa duração e a aplicação pode ser feita mensalmente.

Esses fatores auxiliam muito na adesão ao tratamento e contribuem não só para a remissão dos sintomas, mas também para uma melhor reintegração à vida profissional, social e familiar. Atualmente, um dos medicamentos deste tipo é o palmitato de paliperidona, utilizado para tratar os sintomas da esquizofrenia em adultos. O medicamento atua modulando os neurotransmissores dopamina e serotonina, que estão relacionados com os sintomas “positivos” e “negativos” da esquizofrenia.

Nos estudos realizados com o palmitato de paliperidona, apenas 10% dos pacientes apresentaram algum tipo de recaída. Embora não sejam diretamente comparáveis, em outros estudos sobre o tratamento do transtorno com medicamentos orais, pode-se observar que, em média, entre 20 e 40% dos pacientes que fazem tratamentos orais para o controle da esquizofrenia apresentam recaídas depois de um ano de tratamento, e aqueles que suspendem o uso de antipsicóticos aumentam o risco de recaídas em até 5 vezes.

3- Pessoas com esquizofrenia são agressivas?
Depende. Quem tem esquizofrenia pode ter momentos de agressividade quando está em crise, mas sob tratamento, ou seja, fora de surto, não são pessoas violentas. A crise ou surto se caracteriza pelos períodos em que alguns dos sintomas da doença ficam mais evidentes. Entre os mais comuns estão os delírios persecutórios (estar sendo perseguido por outras pessoas) e as alucinações, como por exemplo estar ouvindo vozes, que dependendo da intensidade e natureza, pode deixar o paciente mais agitado e agressivo.
Outros sintomas da esquizofrenia são: perda de contato com a realidade, apatia, incapacidade de começar e terminar atividades, discurso pobre e incoerente, retraimento social, trajes desordenados e comportamento sem sentido.

4- Portadores de esquizofrenia não podem trabalhar?
Mito. Em alguns casos a esquizofrenia coloca limitações, especialmente em um trabalho com muita demanda física e emocional, mas se o paciente estiver respondendo bem ao tratamento, atender às exigências de formação e experiência e sentir que tem condições de exercer esta atividade, nada o impede de ter um trabalho formal ou informal. O trabalho pode inclusive melhorar o desempenho intelectual e ajudar nas relações sociais do paciente, fazendo com que melhore a sua autoestima e ele se sinta mais disposto e com mais autonomia.

5- O único tratamento que ajuda a reduzir os sintomas da esquizofrenia é a medicação?
Mito. A medicação na imensa maioria dos casos é peça fundamental para o tratamento, mas, para ser ainda mais eficaz, o tratamento da esquizofrenia deve ser feito também com intervenções psicossociais com o uso de atividades educativas, sociais e ocupacionais. Elas podem contribuir muito para que os pacientes com esquizofrenia melhorem a habilidade de conviver com a doença, se recuperem e tenham capacidade de se reintegrar à sociedade.

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