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Rótulos interferem na adesão ao tratamento de doenças psiquiátricas

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, quando os males da mente emergem, eles nunca vêm sozinhos. São acompanhados por preconceito e discriminação. Socialmente estigmatizados, os pacientes tendem a negar o diagnóstico, piorando ainda mais as chances de recuperar a normalidade da vida. Cerca de 40% dos indivíduos com doença mental séria não recebem nenhum tipo de tratamento e muitos que começam uma intervenção não vão até o fim, observa Glauco. Glauco afirma que a discriminação é um dos principais entraves para a busca de ajuda por parte de pessoas mentalmente fragilizadas.

O preconceito e a discriminação em torno da doença mental são tão incapacitantes quanto a doença em si. Eles impedem que as pessoas lutem por seus objetivos sociais e os dissuadem de buscar tratamentos eficazes, observa Glauco.

Os rótulos impostos aos portadores de distúrbios mentais são muitos. Eles são vistos como perigosos, imprevisíveis, incompetentes… Dessa forma, acabam excluídos da força de trabalho e das oportunidades educacionais e sociais, diz Glauco. Nem os profissionais da área de saúde estão isentos de lançar olhares preconceituosos sobre esses pacientes: Muitas vezes, o prontuário reforça estereótipos negativos. Nesses casos, os médicos podem acabar desdenhando das queixas dos pacientes, colocando tudo na conta da doença mental, critica Glauco.

Autodepreciação
Ao olhar para os lados e só detectar discriminação, o paciente internaliza os estigmas e passa a se autodepreciar, alerta Glauco. Pessoas com distúrbios psiquiátricos podem começar a acreditar nas ideias negativas expressas pelos outros e achar que nunca conseguirão se recuperar, que são perigosas, responsáveis pela doença, que não prestam para nada. Com isso, podem se sentir envergonhadas, com baixa autoestima e incapazes de atingir seus objetivos”, lembra Glauco. Ele diz que um efeito disso é o “por que tentar?”, o que leva ao abandono do tratamento.

O caminho para reverter essa realidade é longo e árduo, diz Glauco. Mas ele acredita que um conjunto de estratégias pode começar a desconstruir a imagem negativa do doente mental. As políticas públicas devem encorajar o foco na educação. Temos de educar a sociedade para combater os estereótipos da doença e do tratamento. Além disso, incluir o apoio das redes sociais — amigos e familiares — dos pacientes pode ser um grande incentivo à adesão do tratamento, acredita Glauco, que também aposta em legislações de combate ao preconceito.

No Brasil, há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que criminaliza a discriminação contra pessoas com transtornos e doenças mentais, com pena de até 3 anos de reclusão. Juntos, temos de encorajar a intervenção precoce e o acesso ao tratamento sem medo de rótulos. Só assim conseguiremos erradicar o estigma, acredita Glauco.

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