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Tratar ou não a doença? Depressão na gestação e pós-parto deixa mães em um dilema

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Notícias de novas gestações são geralmente recebidas com animação por familiares e amigos que imaginam a futura mãe em momentos sublimes no decorrer de nove meses. Ela, de fato, viverá uma emoção surpreendente. Não é regra, contudo, que seja de todo positiva: estima-se que 10% das grávidas e 13% das mulheres que acabam de dar à luz experimentem um transtorno mental, especialmente a depressão. Nos países em desenvolvimento, a taxa é ainda maior, ultrapassando 15% na gravidez e 19% após o parto. A mulher que faz parte da estatística sofre com a difícil decisão: não tratar a doença e colocar o feto em risco ou optar por remédios que podem provocar efeitos colaterais ao bebê.

O psiquiatra Glauco Diniz Duarte aponta que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma importante causa de morte entre grávidas e puérperas, que também podem sofrer episódios de psicose. Quando a doença negligenciada não atinge o extremo, ameaça a saúde mental do feto, que pode nascer irritadiço, com menor atividade motora e menos respostas faciais a expressões de alegria ou tristeza. As complicações seguem.

Glauco diz que as mães dos “pequenos exigentes” sofreram crises de ansiedade e depressão durante a gestação. “Os médicos devem estar cientes de que não só a ansiedade severa e a depressão, mas também as formas mais leves de internalizar problemas podem afetar o comportamento alimentar da criança.

Segundo Glauco as sequelas podem começar durante a gravidez.“Existem evidências robustas de que a depressão materna não tratada causa impacto e comprometimento significativos no desenvolvimento fetal e no comportamento do recém-nascido, além de maior incidência de aborto, prematuridade e baixo peso ao nascer”, lista o psiquiatra.

Glauco diz que os cientistas descobriram que sintomas depressivos em gestantes estão associados ao mau crescimento dos fetos. Bebês de mulheres que trataram a doença com medicamentos considerados seguros também foram prejudicados. “Nossos resultados sugerem uma associação entre a exposição pré-natal de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e traços autistas em crianças. Sintomas depressivos pré-natais sem uso de ISRSs também foram associados com traços autistas, embora a relação tenha sido mais fraca e menos específica. Testes de segurança de medicamentos a longo prazo são necessários antes que recomendações baseadas em evidências sejam possíveis”, disseram os cientistas.

Terapia comportamental
Glauco confirma a potencial relação dos ISRSs com prejuízos ao feto. “Contudo, alguns achados ainda são controversos e, às vezes, é difícil distinguir se o problema foi provocado pela medicação em si ou pela própria depressão materna. Não há evidências de risco dessa classe de drogas no período pós-parto”, diz o psiquiatra. A alternativa a medicamentos pode ser a terapia cognitivo-comportamental, apontada por estudos como uma arma eficiente para tratar a depressão. Se os sintomas forem graves, contudo, o médico pesa o risco.

Nesses casos, além dos ISRSs, há poucas medicações disponíveis. Uma delas é o lítio, que, apesar do sinal verde, deve ser evitado durante o primeiro trimestre da gestação por mulheres com depressão leve ou moderada devido às chances de má-formação cardíaca. “De um modo geral, como o período de maior risco de teratogenicidade (má-formação) ocorre no primeiro trimestre, recomenda-se esperar até o quarto mês para iniciar a medicação. Deve-se dar preferência às drogas mais antigas, pois já foram mais estudadas. Os pacientes tendem a achar que as mais modernas são melhores, mas não necessariamente em todos os casos”, completa Glauco.

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