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Esquizofrenia muitas vezes é confundida com crise de adolescência

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Quanto mais tardio o diagnóstico da esquizofrenia, mais difícil o controle da doença, que afeta cerca de 1,8 milhão de brasileiros, afirma o psiquiatra Glauco Diniz Duarte.

Os sintomas costumam se apresentar no adolescência ou no início da idade adulta, por isso é comum serem confundidos com rebeldia, excentricidade ou crise passageira.

Glauco explica que a esquizofrenia é uma doença mental crônica, que deve ser tratada continuamente, como se trata o diabetes, por exemplo. Com acompanhamento adequado, é possível levar uma vida normal e produtiva. A terapia envolve medicamentos antipsicóticos, que agem nos receptores de dopamina e serotonina, duas substâncias produzidas no cérebro.

Glauco ressalta que a família tem papel fundamental no tratamento. “É muito raro uma pessoa que está começando a apresentar os sintomas da esquizofrenia ir por conta própria ao psiquiatra, pois os sintomas são muito reais para ele”, afirma.
Para dificultar ainda mais o acesso ao tratamento, frequentemente os familiares não têm informação suficiente e relutam em admitir a doença, até porque transtornos psiquiátricos ainda são fonte de preconceito. Essa também é a realidade do personagem da novela das oito.

Glauco recomenda à família e aos cuidadores de pessoas com esquizofrenia que aprendam sobre a doença, para ajudar o paciente a entender a necessidade de tratamento. Ele também ressalta que o doente não deve ser superprotegido, nem ter suas habilidades subestimadas. “Incentive e estimule o portador a realizar as atividades do dia-a-dia na dose certa, sem exageros”, diz.

Conheça alguns mitos e verdades sobre a doença:

A esquizofrenia pode se manifestar na infância?
Sim. Isso é raro, mas quadros esquizofrênicos podem surgir durante a infância e puberdade.

A esquizofrenia pode ser decorrente do modo de educação dos filhos?
Não.

Rejeição emocional na gravidez ou na infância causa esquizofrenia?
Não.

Pacientes com esquizofrenia podem tomar bebidas alcoólicas?
Bebidas alcoólicas podem desencadear surtos esquizofrênicos e devem ser evitadas por esses pacientes.

O paciente com esquizofrenia pode dirigir carro?
Não há uma regra geral. Isso dependerá da gravidade do quadro e a situação deve ser avaliada individualmente pelo médico junto com os familiares.

Uma paciente com esquizofrenia pode engravidar?
Sim. No caso do desejo de ter filhos, é preciso conversar com o parceiro sobre as eventuais limitações que essa pessoa terá para cuidar do filho.

A doença é mais frequente em homens ou em mulheres?
Atinge igualmente ambos os sexos.

Uma pessoa com esquizofrenia pode ser contrariada?
O diálogo com o paciente com esquizofrenia deve ser igual ao diálogo com qualquer outra pessoa.

Se o paciente se recusar a tomar a medicação, pode dar-se o remédio escondido, diluído em algum alimento?
Dar o remédio escondido não é recomendável. O importante é procurar convencer o paciente sobre a importância de tomar a medicação, mostrando que o medicamento reduz os sintomas que ele apresenta.

Os medicamentos usados na esquizofrenia podem viciar?
Não. Antipsicóticos não causam dependência.

Os sintomas da esquizofrenia se manifestam da mesma forma em todos os pacientes?
Não. As manifestações podem ser completamente diferentes de um paciente para outro.

Esquizofrenia é o mesmo que “dupla personalidade”?
Não. “Dupla personalidade” é um distúrbio muito raro, que não tem nada a ver com esquizofrenia.

A agressividade é uma característica da esquizofrenia?
Geralmente não. O seguimento correto do tratamento minimiza os riscos de agressividade.

Os antipsicóticos são uma “camisa-de-força” química?
Não. Esses medicamentos aliviam ou controlam os sintomas da doença e ajudam a evitar novos surtos da doença.

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