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Transtorno Obsessivo Compulsivo e tratamento psiquiátrico

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC é um quadro clínico que se apresenta por obsessões ou compulsões suficientemente graves para causar marcante repercussão psíquica, considerável gasto de tempo, interferência importante na rotina habitual, ocupacional, no funcionamento social e interpessoal do indivíduo.

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, a pessoa reconhece a irracionalidade ou absurdo das ideias obsessivas, que geram desprazer, sofrimento, e as tentativas de resistir às compulsões provocam aumento da tensão psíquica, que é aliviada pela execução do ato compulsivo. “As pessoas portadoras de TOC podem ser inteligentes, brilhantes e normais em quase todos os sentidos e, de modo aparentemente incompreensível, persistirem em comportamentos irracionais, consumidores de tempo e muito perturbadores para si mesmas e para seus familiares”, garante.

Glauco destaca que as pessoas que sofrem deste transtorno podem ser reconhecidas desde as apresentações mais graves, como as intermináveis hesitações determinadas por ideias obsessivas e as inúmeras repetições de atos, verificações, rituais de organização, limpeza, até as mais leves, por vezes tidas apenas como manias, exigências, cacoetes. “São frequentes as ideias de que algo terrível acontecerá porque teve tal pensamento ou acontecerá senão realizar tal ritual; verificar inúmeras vezes o fechamento de portas, torneiras, gás, desligamento de luzes, aparelhos elétricos; lavação de mãos, repetição de banhos, alinhamento rigoroso de móveis, objetos, papéis; limpeza rigorosa da casa, conferir repetidamente cálculos, tarefas, etc.”, explica o médico.

O psiquiatra alerta que a família e amigos podem notar alguns exemplos, como a mulher que lavava, esterilizava, etiquetava, catalogava e organizava todos os potes de produtos de beleza utilizados e colecionava-os num sótão rigorosamente organizados por categorias, acometida de grande sofrimento pelo temor de acontecer algo ruim a ela ou seus familiares se descumprisse o ritual e, ao mesmo tempo, pelo temor de ser descoberta porque guardava segredo por vergonha, medo de ser taxada de louca. “O homem que verificava o fechamento de janelas e portas descia três lances de escadaria e retornava inúmeras vezes para verificar tudo, sempre acometido da dúvida se o fizera, muitas vezes retornando ao apartamento quando já chegava a seu local de trabalho, acarretando atrasos e ao mesmo tempo temor de ser admoestado”, demonstra Glauco.

Outros exemplos são: o aluno que verifica tantas vezes os exercícios de matemática que atrasa sua progressão nos estudos ou não consegue terminar provas avaliativas; pessoas que repetem mentalmente cenas, nomes, números, em determinadas ordens e combinações para que não aconteça algo ruim; pessoas que somente pisam de duas em duas tijoletas nas calçadas, que sobem escadarias sempre iniciando com o pé direito, que tem que tocar os postes, chegando a retornarem ao ponto de partida caso tenham errado um passo ou não encostado no poste.

Conforme o médico, os familiares e amigos podem e devem ajudar, fundamentalmente compreendendo que, por estranhos ou irracionais que sejam os rituais e as ideias, o portador de TOC não consegue evitá-las e sofre com seus sintomas, tenta escondê-los e as críticas ou zombarias frequentes só agravam os sentimentos de inadequação. “Juízos de valor, interpretações impróprias, podem alimentar sentimentos de culpa que só agravam o quadro clínico, frequentemente associando-se uma depressão”, acrescenta.

O médico salienta que o TOC tem tratamento. Medicamentos e técnicas psicoterápicas são bastante efetivos para aliviar o sofrimento, a intensidade dos sintomas e equipar os portadores do transtorno com recursos capazes de possibilitar uma vida melhor integrada no dia a dia, trabalho, família, lazer. “E os melhores resultados terapêuticos se alcançam combinando medicamentos e psicoterapia”, explica Glauco.

Segundo o especialista, os medicamentos mais utilizados e que proporcionam melhores respostas são os antidepressivos, escolhidos de acordo com a intensidade dos sintomas e a melhor resposta terapêutica individual. “Mesmo que não se anuncie cura, a melhora experimentada pelas pessoas acometidas de TOC com o tratamento costuma ser expressiva, de modo que ninguém deve envergonhar-se dos seus sintomas ou privar-se de viver melhor”, finaliza Glauco Diniz.

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