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Paciente com depressão tem medo de ser tachado de louco

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A depressão ainda é uma doença estigmatizada que envolve muitos mitos e tabus. De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, os pacientes têm preconceito e medo de serem tachados de loucos ou doentes mentais, por isso demoram a procurar ajuda médica e, consequentemente, aderir ao tratamento.

— Esta demora pode acarretar na cronificação do quadro, o que dificulta a remissão da doença. Por isso, o primeiro passo é vencer o medo do diagnóstico.

Ultrapassada a primeira barreira, o segundo passo é avaliar o estágio da depressão. Segundo Glauco, nem todo diagnóstico exige uso de medicação.

— No caso de uma depressão leve, a orientação é fazer psicoterapia, mudar hábitos e praticar atividade física, de preferência aeróbia, quatro vezes por semana. O uso de antidepressivo geralmente é prescrito em quadros moderado e grave.

Glauco Diniz acrescenta que “os remédios não causam dependência e podem ser administrados com segurança por muito tempo”.

— O tempo de uso pode variar de meses a anos e somente 10% das pessoas que sofrem de depressão vão precisar manter o tratamento para o resto da vida.

Segundo Glauco, a interrupção do antidepressivo nunca deve ser feita de forma abrupta. A orientação é diminuir as doses de forma lenta e gradativa, com orientação médica, para evitar recaídas. Glauco acrescenta que “estar se sentindo bem não significa deixar o remédio de lado”.

— Isso é um erro. A meta do tratamento da depressão é contribuir para que a pessoa volte a ter uma vida normal, ou seja, sinta prazer nas atividades habitualmente agradáveis e seja reintegrada em todas as esferas de sua vida: social, afetiva e profissional.

Segundo dados da ABP, mais de 80% das pessoas com depressão podem melhorar se receberem o tratamento correto.

Abandono do tratamento
De fato, o medicamento pode levar até 15 dias para começar a ter boa ação antidepressiva. No entanto, os efeitos colaterais são imediatos, o que dificulta bastante a adesão ao tratamento e faz com que o paciente queira abandoná-lo precocemente, conforme explica Glauco.

— A maioria dos pacientes interrompe o tratamento duas a três vezes até perceber que ficam mais vulneráveis a ter novas crises. A partir daí, costumam seguir as orientações médicas.
Entre os efeitos desagradáveis, Glauco cita boca seca, prisão de ventre, visão turva, diminuição da libido, insônia e ganho de peso. Mas, para Geraldo, estes não são motivos suficientes para suspender a medicação.

— Apesar das desvantagens dos efeitos colaterais, a medicação promove uma melhora significativa da depressão. Além disso, temos muitas classes de medicamentos, que conseguem atender cada perfil de paciente.

Glauco alerta que pessoas que já tiveram um quadro de depressão têm 50% de chance de ter outro. Para quem já teve dois episódios, o risco aumenta para 70% e, para quem teve três, sobe para mais de 90%.

Depressão é uma doença feminina
A depressão pode ocorrer em qualquer ciclo da vida, mas como o sexo feminino passa por vários processos hormonais, as mulheres estão mais vulneráveis para a depressão, alerta Glauco.

— Entre 12 e 55 anos a depressão afeta quatro mulheres para cada homem, enquanto na infância e terceira idade a proporção é mais equilibrada, de uma mulher para cada homem.

Segundo Glauco, a depressão não é tristeza, mas pode vir acompanhada deste sentimento, assim como melancolia, desânimo, falta de interesse por qualquer atividade, alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos, desesperança e desamparo.

— A depressão tira as forças da pessoa, mas com o tratamento adequado este quadro pode ser revertido.

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