Comemorado em 10 de setembro, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é uma importante data para alertar a população para a gravidade deste ato, que atinge cerca de dez mil pessoas por ano, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dos dados alarmantes, diagnóstico e tratamento adequados podem evitar mortes.
De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas causas, que até hoje suscita grande debate na sociedade: “um tema que pode ser abordado numa visão filosófica, sociológica, religiosa ou clínica”.
A depressão, como destaca Glauco, é o principal transtorno mental associado ao suicídio, acompanhado de transtorno bipolar, abuso e dependência a álcool e outras drogas, esquizofrenia e transtornos de personalidade.
“Pacientes com diagnóstico de transtorno psiquiátrico e os que já tentaram suicídio previamente estão entre os pacientes com maior risco de suicídio”, afirma Glauco.
A OMS estima, ainda, que, até 2020, o número de mortes cresça para 1,5 milhão. Para cada suicídio consumado, três tentam suicídio, cinco planejam, e 17 pensam no suicídio. “Estudos mostram que apenas 3,2% não têm um diagnóstico de transtorno psiquiátrico. Há uma alta prevalência de pessoas sob risco, mas o suicídio é um problema de saúde pública mundial que pode ser evitável. Isso se houver um diagnóstico correto, se fatores de risco agudos e crônicos forem reconhecidos e mitigados, e se houver tratamento adequado”, explica Glauco.