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Doenças afetivas começam cada vez mais cedo

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, as angústias da alma, da mente, ou do coração, que até pouco tempo eram vistas com preconceito por muita gente, são levadas cada vez mais a sério pela ciência e pelas famílias. São males do cérebro que têm tratamento e cura.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que, em 2020, a depressão, por exemplo, vai ser a segunda causa que mais torna as pessoas incapazes. No Brasil, 19,3% dos 5 mil entrevistados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disseram ter tido a doença. O levantamento fez parte da Pesquisa Mundial da Saúde, da OMS, e foi divulgado no ano passado.

“Há muito tempo a depressão é caso de saúde pública”, afirma Glauco.

Glauco explica que os sintomas de doenças afetivas aparecem cada vez mais cedo, desencadeados pela vida desregrada. “Os sintomas começam a se instalar por volta dos 19 anos. O que às vezes se pensa que é tensão pré-menstrual ou aquela ‘chatice’ de adolescente podem ser, na verdade, pequenas crises. Uma TPM que se estende por dez dias já é um transtorno do humor.”

Criança também tem depressão

São sintomas essenciais de depressão o desânimo, a falta de energia, certa dificuldade de raciocínio e concentração e a falta de prazer na vida.

Crianças também podem apresentar doenças afetivas. No caso delas, comentou a médica, o tratamento é o mesmo que para um adulto. Só que, quando envolve medicação, as doses, em geral, são menores. Já os adolescentes valem como adultos.

A genética pode ser decisiva. “A maioria dos que apresentam transtornos tem esse tipo de doença no histórico familiar.”

Ainda há muito preconceito, disse a psiquiatra. “Muitas vezes os filhos reconhecem que têm sintomas, querem tratamento, mas os pais recusam. É muito mais chique dizer que a criança tem hiperatividade do que transtorno bipolar.”

Ansiedade é normal

Glauco alerta que só o médico pode reconhecer esses distúrbios. “Ter um ou outro sintoma não quer dizer que a pessoa esteja doente. Ansiedade, por exemplo, é um sentimento, todo mundo tem. A preocupação é quando ela é constante e começa a comprometer, quando faz a pessoa perder a liberdade de escolha. Então pode ser um sintoma de estresse, depressão… Não é específico de uma doença e por si só não quer dizer muita coisa. Só um clínico que domine a parte de psiquiatria ou um psiquiatra mesmo pode fazer o diagnóstico.”

Transtorno bipolar

Até os especialistas têm dificuldade para distinguir certos distúrbios. É o caso do transtorno bipolar, “um termo que as pessoas vão ouvir cada vez mais”, comenta Glauco. Essa doença traz picos de depressão e de euforia. “Quando acontece tudo no mesmo dia temos o ‘estado misto’. Muitos profissionais não se dão conta disso, mas é um dos quadros que mais se vê atualmente.”

Síndrome do pânico

Glauco explica também a síndrome do pânico. “Ataque de pânico qualquer um de nós pode ter numa situação de perigo. É o medo agudo, o pavor. O coração dispara, as mãos transpiram, vem uma sensação de tontura como se a pessoa fosse desmaiar. Pode ter formigamento, vontade de urinar e, normalmente, a sensação de morte. É uma crise que dura alguns minutos -que parecem uma vida inteira- e passa”, descreveu. “Mas quando essas crises surgem várias vezes durante a semana, no trânsito, no supermercado, em situações que naturalmente deixam a pessoa mais tensa, o médico pode diagnosticar a síndrome do pânico.”

Direito ao tratamento

Glauco comenta que postos de saúde e ambulatórios dos hospitais públicos já não conseguem atender à demanda de pacientes com doenças afetivas e que também são poucos os convênios médicos que cobrem esse tipo de tratamento. “Mesmo assim, quem sofre precisa batalhar, porque tem direito à saúde”, ensina.

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