O transtorno da ansiedade generalizada (TAG) pode afetar pessoas de todas as idades, desde o nascimento até a velhice. Em geral, as mulheres são um pouco mais vulneráveis do que os homens. Segundo o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, o problema afeta 20% das mulheres e 8% dos homens.
“A ansiedade é uma das emoções fundamentais, uma parte tão central do que significa ser humano quanto a felicidade, a tristeza ou a raiva”, diz Glauco.
“Em suas formas mais graves, a ansiedade é também um dos tipos mais comuns de transtorno psicológico, afetando milhões de pessoas em todo o mundo em algum momento da vida”, analisa Glauco.
A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. É considerada normal quando se manifesta nas horas que antecedem uma ocasião importante como, por exemplo, uma entrevista de emprego ou uma prova e funciona como um sinal que prepara a pessoa para enfrentar um desafio.
Glauco Diniz, explica que a ‘ansiedade patológica’ ocorre quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos, causa muito sofrimento e interfere no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes. Neste caso, é necessário que a pessoa procure ajuda médica, uma vez que sua qualidade de vida fica prejudicada.
“A ‘ansiedade patológica’ compreende em várias outras patologias como síndrome do pânico, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, estresse agudo, fobias específicas, fobias sociais e distúrbio obsessivo-compulsivo”, explica o médico.
O TAG é um distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva, persistente e de difícil controle, dura no mínimo seis meses e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono.
De acordo com o especialista, é muito difícil definir uma causa, já que se trata de uma doença multifatorial. Mas os sintomas mais comuns são inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitações, falta de ar, taquicardia, sudorese, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares, entre outros.
O tratamento inclui medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, além de psicoterapia. “É importante ressaltar que o paciente não deve parar a medicação por conta própria após melhora dos sintomas”, orienta Glauco Diniz. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por seis a doze meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes.
Recomendações
Se você é visto como alguém de estopim curto, que anda sempre com os nervos à flor da pele e tem muita dificuldade para relaxar, provavelmente chegou a hora de procurar um médico para avaliar esse estado permanente de tensão e ansiedade;
Se você cobra muito de si mesmo, está sempre envolvido em inúmeras tarefas e pressionado pelos compromissos, tente pôr ordem não só na sua agenda, mas também na sua rotina de vida, sem esquecer de reservar um tempo para o lazer. Se não conseguir sozinho, não se envergonhe, peça ajuda.