De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, os primeiros sinais da Hipocondria costumam surgir no período que vai dos 20 aos 30 anos de idade e pode estar associada a doenças psiquiátricas. Conhecida vulgarmente como “mania de doença”, a hipocondria é uma doença psiquiátrica identificada pelo receio ou a convicção que possui ou terá uma doença, geralmente grave. A palavra é antiga na nomenclatura médica e de larga utilização até pelo leigo, perdendo no decorrer do tempo o seu significado preciso.
Normalmente um hipocondríaco ao observar um batimento não comum passa a pensar que está com alguma doença cardíaca; uma dor de cabeça forte transforma-se em sinal evidente de problemas físicos no cérebro.
Como identificar um hipocondríaco
Segundo Glauco, estima-se que de 10 a 20% da população “normal” possua preocupações hipocondríacas em alguns momentos de sua vida. Particularmente elas tendem a aparecer em fases de grande fragilidade emocional, sem que se configure em doença hipocondríaca.
Já o hipocondríaco não é um doente imaginário, mas alguém que apresenta uma doença crônica, com perturbação perceptiva, cognitiva e psicológica que origina sofrimento real. De forma a vir provocar disfunções psicofisiológicas, deterioração familiar e social, consultas médicas frequentes e iniciativas de automedicação. Um hipocondríaco, para ser identificado, tem que manter durante um período de tempo, pelo menos seis meses, preocupação, medo ou crença de que tem uma doença grave, baseado na interpretação errada que faz de sensações corporais inofensivas, de tal magnitude que interfere claramente em suas atividades sociais e também profissionais, sempre acompanhado de muito sofrimento.
Estima-se que entre 4 e 6% da população que recorre aos serviços de saúde tenha perturbações hipocondríacas, acrescenta Glauco. É frequente a hipocondria coexistir e ser mascarada por outras doenças psiquiátricas, como a depressão, sendo, muitas vezes, esse o motivo da ida destes doentes às consultas de psiquiatria.