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Causas da depressão são multifatoriais

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A depressão é atualmente a quarta causa de incapacidade no mundo e deverá ser a segunda até 2020, segundo a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em um estudo da OMS, com apoio de patrocina¬dores e pesquisadores de 18 países, divulgado no ano passado, o Brasil apresentou a maior prevalência de casos graves da doença: 10,4% da população investigada. Na pesquisa, foram analisados dados de 89 mil pessoas. O Japão teve o menor índice do problema, registrando 2,2% de ocorrência de depressão severa. É importante ressaltar que a amostra brasileira, com informações de 5.037 indivíduos, compôs-se exclusivamente por moradores da região metropolitana de São Paulo.

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, os problemas mentais e comporta¬mentais, como a depressão, já configuram entre as principais causas de afastamento do trabalho. No caso dos professores, infeliz¬mente, não existem índices nacionais que permitam traçar um panorama da gravidade da doença, mas algumas pesquisas realizadas isoladamente por sindica¬tos apontam que, de forma geral, a depressão é um dos males que mais ameaçam tirar os educadores da sala de aula e possui números ainda mais alarmantes do que o obtido no mapeamento da OMS.

Segundo Glauco, um levantamento feito em 2011 pelo Centro Municipal dos Professores (CMP) de Passo Fundo (RS), com a supervisão e acompanhamento do Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso), com 397 docentes, que representam 33% dos efetivos da rede municipal, apontou a depressão como o segundo problema de saúde mais recorrente, atingindo 17% dos entrevistados e ficando atrás apenas do estresse, enfermidade que acomete 35% dos educadores. No estudo Saúde e Condições de Trabalho, conduzido em 2010 pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a depressão aparece como diagnóstico confirmado de 26,6% dos participantes da amostra, for¬mada por 1.615 educadores de nível fundamental e médio da rede estadual paulista.

Glauco explica que a depressão é uma doença multifatorial, causada por fatores genéticos, biológicos e ambientais. “Sabemos que existem genes que conferem maior ou menor vulnerabilidade ao apareci¬mento da depressão, assim como de outros transtornos psiquiátricos, e nenhum psiquiatra questiona a contribuição do estresse precoce (na infância) na gênese dos quadros depressivos e ansiosos.” Por bastante tempo, também se bateu na tecla de que a depressão seria provocada por uma desordem na produção dos neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina e dopamina, que exercem influência sobre o humor, a ansiedade e o estado afetivo. “Ao longo do tempo, essa teoria vem sendo revista e analisada, e hoje dizer que a causa da depressão é apenas um desequilíbrio químico seria um grande reducionismo”, explica a mé¬dica. Segundo Glauco, estudos científicos mostram que mulheres entre 25 e 35 anos de ida¬de, pessoas solteiras, divorciadas, viúvas e com histórico de depressão na família apresentam uma chance aumentada de desenvolver quadros depressivos.

Glauco afirma que hoje também se considera a possibilidade de que o transtorno depressivo possa ser decorrente de uma pequena inflamação do cérebro, que ocasionaria deficiências no sistema neurorreceptor, ou seja, mesmo com níveis adequados de neurotransmissores os indivíduos predispostos estariam mais suscetíveis à doença devido a essa falha. A predisposição genética deve ser levada em consideração, porém o médico também alerta para a importância de verificar se a de¬pressão não é de origem reativa. “É pre¬ciso conhecer o tipo de depressão. Se é uma depressão reativa, a partir de uma causa, como a perda de um ente querido, a separação de um cônjuge, um problema no trabalho, a constância de tensão, cobrança, que pode levar a uma reação depressiva, ou [se é] uma depressão orgânica, quando há realmente uma pre¬disposição à doença”, descreve.

No contexto dos educadores, os fatores ambientais, como o estresse e as más condições de trabalho, podem funcionar como um gatilho para o surgimento do transtorno depressivo. Para Glauco, o levantamento com os professores de Passo Fundo comprovou que as atividades laborais estão estreitamente relacionadas ao estado de saúde desses servidores. “A pesquisa mostrou que os educadores estão inseguros, preocupados, estressados e sujeitos a uma série de doenças que poderiam ser evitadas com o devido descanso e condições ade¬quadas de trabalho. A depressão aliada à sensação de insegurança e impotência frente à situação coloca os professores em uma situação de risco.

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