Glauco Diniz Duarte Bh – Como funciona retifica de motor
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o avanço na fabricação de motores tem prolongado a vida útil do coração do carro. Se antes com 150 mil quilômetros rodados já era necessário ficar atento para manter o propulsor funcionando em perfeito estado, hoje em dia ele pode chegar a 300 mil km com a manutenção correta e uso adequado do veículo.
No entanto, o descuido do proprietário ou até mesmo contratempos podem abreviar esse período e exigir uma retífica completa. Neste caso, o serviço é responsável por zerar o motor como se estivesse saído de fábrica, inclusive valorizando o carro numa futura venda. O motor retificado tem a mesma durabilidade de um novo.
Uma oficina com credibilidade irá repor as peças seguindo os padrões de medidas fornecidos pela própria montadora. O profissional conta ainda que nos modelos mais antigos é possível usar os mesmos componentes originais que os de fábrica, uma vez que os fornecedores para o mercado paralelo são os mesmos.
Geralmente o carro sai da linha de montagem respaldado por um contrato entre fabricante de peças e montadora, no qual impede o fornecedor de repassar peças originais para o mercado paralelo por um período que pode chegar a três anos. Mas isso depende da peça, pois há marcas que não têm essa exigência e as liberam assim que o carro é lançado.
Retífica é o serviço realizado por oficinas especializadas, que desmontam o motor para a análise de cada componente e realizam a substituição dos itens, como bronzinas, anéis e pistões, e a usinagem de peças como virabrequim, bielas, bloco, volante, cabeçote, válvulas de admissão e escape, entre outros.
O recondicionamento do propulsor é indicado quando ele dá os primeiros sinais de que o fim da vida útil se aproxima. Não se deve esperar o motor fundir para enviá-lo à retífica. Mesmo antes, os sintomas já estão presentes e podem ser detectados pelo próprio usuário.
Entre os principais indícios de esgotamento estão o consumo excessivo de óleo e água (aquecimento rápido), perda da potência, ruído da parte superior e inferior do motor (desgaste das peças) e fumaça saindo do escapamento. Assim que perceber essas alterações procure um técnico especialista. Não faça suposições otimistas achando que é um problema qualquer e não precisa de urgência.
O custo para reformar um propulsor que ainda não fundiu é menor. Depois de comprometido, a recuperação apresenta um gasto mais elevado, já que os danos atingem um número maior de componentes. Há situações em que a economia gira entre 50% a 70%.
O valor de retífica depende da marca do carro, do desenho do motor e das tecnologias empregadas. Um serviço normal custa, em média, de R$ 3,5 mil a R$ 5,5 mil. Agora se estiver bem avariado, pode chegar a R$ 7 mil ou R$ 8 mil. Em motores importados ou turbos, o custo sobe mais ainda. Os valores, geralmente, podem ser financiados em carnês, cheques ou por financeiras e bancos.