Glauco Diniz Duarte Bh – quem inventou o painel fotovoltaico
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a transformação de luz solar em eletricidade ocorre graças ao chamado efeito fotovoltaico, cujo nome foi criado através da junção das palavras foto (luz) e volt (unidade de medida de potencial elétrico).
Esse efeito foi definido em 1839 pelo físico francês Edmond Becquerel, através de um experimento muito simples.
Usando dois eletrodos colocados em um eletrólito (solução condutora de eletricidade), ele verificou que a eletricidade do sistema aumentava quando havia presença de luz solar.
Em 1873, foi à vez de Willoughby Smith, um engenheiro eletricista britânico, dar sua contribuição para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica, ao descobrir que o selênio, que é um material isolante (ou seja, que não conduz eletricidade), se transformava em condutor quando era exposto à luz.
Essa propriedade é chamada de fotocondutividade.
Três anos depois, em 1876, o mesmo Willoughby Smith descobriu que o selênio não apenas era fotocondutor, mas que também era capaz de produzir eletricidade a partir da luz solar.
Ele tentou então construir células solares usando selênio, mas elas não funcionaram bem.
Envolvidas em pastilhas de selênio, surgiram em 1883 às primeiras células fotovoltaicas funcionais.
Depois, em 1887, o famoso cientista alemão Henrich Hertz descobriu que a radiação ultravioleta era capaz de fazer faíscas saltarem dos eletrodos das células fotovoltaicas.
Em 1905, Albert Einstein publicou um artigo sobre o efeito fotoelétrico, que é quando um material expele elétrons ao ser exposto à luz.
Até aquele momento, não havia nenhuma evidência do efeito fotoelétrico, mas isso foi somente até 1916, quando o cientista norte-americano Robert Millikan conseguiu demonstrar o efeito em laboratório.
A partir de 1947, ao final da II Guerra Mundial, a utilização de equipamentos que usavam energia solar começou a se tornar cada vez mais popular nos Estados Unidos.
Mas o primeiro uso comercial da energia solar fotovoltaica aconteceu no espaço, para fornecer eletricidade para satélites e estações espaciais, a partir de 1958.
Entre os anos de 1959 e 1970, houve uma intensa discussão sobre como aumentar a eficiência dos painéis solares (que até então era de apenas 14%) e como diminuir seus custos.
Somente em 1970, porém, que a Exxon Corporation (atual Exxon Mobil.
Sim, aquela mesma do ramo de petróleo e gás) descobriu como produzir painéis solares mais eficientes e mais baratos.
Uma empresa do ramo de petróleo ajudando no desenvolvimento da energia solar.
Em 1977, o governo dos Estados Unidos começou a incentivar oficialmente o uso da energia solar, lançamento do Instituto de Pesquisa em Energia Solar.
Não demorou muito e os governos de outros países começaram a fazer a mesma coisa.
O primeiro avião movido a energia solar foi construído em 1981 pelo engenheiro aeronáutico americano Paul MacCready.
O avião, que usava 1600 células fotovoltaicas nas asas, voou da França até a Inglaterra.
No ano seguinte, foi à vez do primeiro carro movido a energia solar estrear, desenvolvido na Austrália.
Já a partir de 1986, as primeiras plantas de energia solar em larga escala começaram a ser desenvolvidas.
Em 1999, a maior usina solar em atividade era capaz de produzir mais de 20 kilowatts, quase nada perto das centenas de megawatts de capacidade das usinas atuais.
Em 1999 foi desenvolvida a célula fotovoltaica mais eficiente até hoje, capaz de converter 36% da luz solar em eletricidade.
Em 2008, devido à crise, o governo da Espanha reduziu os subsídios que haviam para incentivar a produção de equipamentos de energia solar.
A medida impactou diretamente o mercado de energia solar em todo o mundo.
Por falta de demanda no mercado para seus produtos de alta tecnologia, em 2009 duas grandes empresas do ramo de energia solar fecharam as portas: Evergreen Solar e Solyndra.
Em 2012, foi inaugurada a então maior usina solar do mundo, o Golmud Solar Park, na China, com 200 megawatts de capacidade.
Menos de 3 anos depois, em Janeiro de 2015, seriam criadas 9 usinas maiores, e o posto de maior usina solar do mundo ficaria com Desert Sunlight Solar Farm, nos Estados Unidos, com incríveis 550 megawatts de capacidade.
A utilização da energia solar fotovoltaica em massa é simplesmente inevitável.
Há uma pressão cada vez maior em todo o mundo para que os governos incentivem o uso de energias limpas e renováveis.
Além disso, a cultura sustentável está se tornando cada vez mais popular.
As pessoas estão cada vez mais genuinamente preocupadas com o meio ambiente e o aquecimento global.
A criação de usinas solares mostrou-se muito lucrativa e tornou-se a bola da vez nesse mercado.
Novas usinas devem surgir nos próximos anos, com capacidades cada vez maiores.
O custo dos painéis solares caiu pela metade nos últimos 5 anos e vai continuar caindo, por duas razões: com a demanda aumentando, os fabricantes podem se dar ao luxo de reduzir a margem de lucro para vender em grandes quantidades, e também porque as técnicas de fabricação vão ficando cada vez mais eficientes.
Aqui no Brasil, o mercado de energia solar apenas engatinha, apesar de ser o país com maior potencial para exploração dessa tecnologia.
Mesmo sendo pequeno, porém, esse mercado está em franco crescimento, com cada vez mais empresas atuando no território nacional.
Pouco a pouco, os governos federais e estaduais estão aprovando incentivos diversos para baratear a energia solar.
A microgeração distribuída, regulamentada pela Aneel em 2012, reduziu consideravelmente o tempo necessário para recuperar o investimento em sistemas de energia solar, e espera-se que ainda em 2016 sejam aprovadas a nível nacional um pacote de incentivos que irão reduzir ainda mais o custo de instalação de sistemas de energia solar.