Glauco Diniz Duarte Bh – qual a fonte de energia renovavel mais utilizada no brasil
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o Amazonas apresenta grande potencial para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica e não pode se satisfazer apenas com a exploração do seu potencial hidrelétrico. Com esta afirmação, o professor doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Roberto Lavor, abriu a palestra “Energias Renováveis” durante o Encontro Estadual CREAjr-AM – Sustentabilidade, Tecnologia e Inovação, ocorrido na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no último fim de semana.
Lavor explicou que, dado o potencial do Estado para a geração de energia a partir das matrizes solar e hidrelétrica, ignorar tais vocações é um contrassenso em termos de segurança energética, que acaba por afetar também a competitividade da economia local e do Polo Industrial de Manaus. Segundo o especialista, é preciso se pensar estratégias administrativas para alavancar o Amazonas como paradigma a ser seguido no cenário internacional em termos de sustentabilidade e geração de energias renováveis.
“Em se tratando de preservação e sustentabilidade, a gente faz tudo errado no Amazonas. Utilizamos o diesel, um combustível fóssil, condenável por ser altamente poluente, em geradores de energia, barcos, usinas de força e até residências. E ainda queremos posar de Estado sustentável. Tudo isso reflete a falta de planejamento estratégico. Estamos perdendo dinheiro e oportunidades”, criticou Lavor.
Legislação
Em sua fala, Roberto Lavor fez questão de ressaltar ainda a importância de uma legislação que assegure a implantação e o uso de tecnologia tanto pela iniciativa privada quanto pelo próprio Poder Público. O professor considera, entretanto, que para que aconteça essa transição para uma economia energética verde é essencial que o Amazonas crie também condições para o desenvolvimento de ecoinovações em energias renováveis.
“Aqui, no Amazonas, não temos legislação que assegure o uso de energia sustentável, ao contrário de São Paulo e Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Falta, portanto, ação, atitude e até um pouco de ética em relação à preservação do meio ambiente”, ressaltou Lavor.