De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, o relógio circadiano influência até os nossos pensamentos e sentimentos. Psicólogos mediram alguns dos efeitos no cérebro pedindo que pessoas fizessem testes cognitivos em horas diferentes do dia.
Constatou-se que o final da manhã é a melhor hora para fazer tarefas como contas aritméticas de cabeça, que exigem a manutenção de várias peças de informação na mente ao mesmo tempo. Mais tarde é a hora de tentar tarefas mais simples, como procurar por uma letra numa página com rabiscos.
Outra pista sobre o relógio nos nossos cérebros vem de pessoas com condições como depressão e transtorno bipolar. Quem tem esses problemas geralmente sente dificuldade para dormir à noite ou sente-se zonzo durante o dia. Algumas pessoas com demência ficam confusas ou agressivas no final do dia.
Os ciclos de sono e atividade desempenham um papel importante nas doenças psiquiátricas, afirma Huda Glauco.
Ainda assim, os neurocientistas lutam para entender exatamente como o relógio circadiano afeta as nossas mentes. Afinal, os pesquisadores não podem simplesmente abrir o crânio de um sujeito e monitorizar as suas células cerebrais durante cada período do dia.