O alto custo da energia elétrica produzida pelas usinas hidrelétricas, com grande impacto no meio ambiente, tem feito com que alternativas de geração de energia sejam cada vez mais buscadas pelos brasileiros.
Um exemplo é a energia fotovoltaica, mais conhecida como energia solar, tecnologia que vem ganhando mais adeptos. Com um clima favorável quase o ano todo, o brasileiro notou que seria bom negócio investir numa usina fotovoltaica em sua própria casa, prédio ou condomínio, para fornecer energia suficiente e aquecer chuveiros, iluminar cômodos e ainda poupar para o futuro.
O uso dessa tecnologia é altamente difundido em países da Europa, no Japão e nos EUA, que vêm reconhecendo o uso alternativo de tecnologias de produção energética como uma forma de evitar a dependência do sistema público, podendo até mesmo contribuir de maneira positiva para a natureza.
Além de não agredir o meio ambiente, o investimento é retornável a médio e longo prazo na conta de luz, que diminui com a geração da energia solar.
Pensando justamente no futuro que a Embaixada da Itália no Brasil, decidiu investir pesado na construção de uma usina fotovoltaica de 90.000 kW/h por ano. Atualmente conseguiu cerca de 17% de redução no consumo de energia em relação ao ano anterior.
Em 2010 a Embaixada decidiu transformar-se em um laboratório de experiências eco-sustentáveis. Foi realizado, assim, o plano de estratégia ambiental, idealizado pelo Ministério Italiano das Relações Exteriores, conhecida como “Farnesina Verde”, ou projeto Embaixada Verde que é composto por dois setores: energia e água.
Graças ao projeto Embaixada Verde, a sede diplomática recebeu o reconhecimento Green Building Plus Rina, emitido pelo Gruppo Rina – Registro Italiano Naval, que a certificou como edifício eco-sustentável. A planta fotovoltaica foi projetada e realizada graças à colaboração da empresa italiana Enel Green Power e ao apoio das autoridades brasileiras.
Com uma capacidade instalada equivalente a 49,01 kWp, a Embaixada dispõe da segunda maior planta fotovoltaica ativa no Brasil, atrás apenas daquela de Tauá no Ceará.
Energia Nova – Em 2012, a empresa brasileira Energia Nova iniciou suas atividades no setor da energia renovável. Esta empresa é parceira da Enel Green Power, na Itália e no Brasil.
A Energia Nova traz para o Brasil toda a experiência da empresa-mãe italiana, que iniciou suas atividades em 2007 e continua até hoje com cerca de 3.000 sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. A empresa foi responsável pelo primeiro sistema fotovoltaico residencial do Distrito Federal, com uma potência de 10 kWp.
Em seguida, foi realizada outra instalação no Rio de Janeiro, mais de 10 kWp.
Agora mais quatro usinas estão nas instalações em Brasília, para um total de 85 kWp, o que leva a Energia Nova certamente a ser uma líder no campo de sistemas fotovoltaicos residenciais no Brasil.
RESOLUÇÃO REN 482/12 DA ANEEL
O uso da energia fotovoltaica não facilita apenas o dia a dia dos cidadãos, instituições públicas, como escolas, hospitais e delegacias, dentre outros podem se beneficiar do baixo custo da conta de energia elétrica. O governo federal, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – publicou uma resolução que prevê o uso da energia solar e o retorno do que foi gerado de forma excedente.
A lei prevê um sistema de compensação que permite ao usuário aproveitar o excedente da produção de energia, que ao retornar ao sistema como um empréstimo gratuito, pode ser utilizada em outro momento.