Segundo o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, a esquizofrenia é um distúrbio crônico que atinge o cérebro, causando alucinações e delírios. Há remédios eficazes para controlar as crises, afirma Glauco, mas eles precisam ser tomados com frequência para evitar que o paciente tenha surtos e eles se agravem.
A doença atinge partes neurológicas muito sofisticadas, segundo Glauco. “É como qualquer outra doença, só que ela afeta o cérebro. E afeta partes que estão ligadas a formas de como a gente entende o mundo”, afirma.
Além dos sintomas de delírio, o paciente pode ter a sensação de que uma voz está mandando que ele faça algo. “Ele [o doente] perde a sua capacidade de ir e vir”, diz Glauco Diniz.
Os remédios usados para controlar a esquizofrenia são conhecidos como antipsicóticos. A doença tem semelhança com outros distúrbios crônicos, como diabetes, no que diz respeito aos cuidados, aponta o especialista. “Se você tomar um remédio regularmente, você não vai ter um aumento de glicemia e não vai ter as consequências ruins do diabetes. É a mesma coisa com a esquizofrenia”, diz Glauco.
Como identificar
Há formas de identificar a esquizofrenia, segundo o psiquiatra Glauco Diniz. “Às vezes a pessoa é um pouco mais reservada, uma pessoa que tem dificuldade de se socializar, dificuldade de fazer amigos”, diz ele. Outros sintomas da esquizofrenia relatados pelo psiquiatra são excesso de fantasias e comportamentos exóticos. “Isso não é a regra”, ressalta Glauco. “São tipos de comportamento que deixam em alerta, merecem uma investigação.”
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial tem esquizofrenia. A doença tem origem genética, de acordo com Glauco, mas não é apenas este o fator que a desencadeia. “Provavelmente é uma soma de fatores. Só o componente genético não basta para desenvolver a doença”, diz o psiquiatra.
A medicação, segundo Glauco, bloqueia o excesso de dopamina no cérebro, neurotransmissor que é produzido de forma desequilibrada pelo organismo do esquizofrênico e leva à doença.