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Distúrbio de comportamento desagregador

Glauco Diniz Duarte

O psiquiatra Glauco Diniz Duarte diz que este distúrbio é assim denominado porque afeta crianças que tendem a desintegrar o que está a sua volta, incluindo familiares, membros da escola e colegas. O mais comum deles é o distúrbio déficit de atenção/hiperatividade ( Distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade (DDAH) ).

DISTÚRBIO DE OPOSIÇÃO DESAFIADORA
Segundo Glauco, é um padrão recorrente ou persistente de comportamento negativo, desafiador ou mesmo hostil dirigido contra figuras de autoridades. O diagnóstico é dado pela história. O tratamento é feito com psicoterapia individual associada a psicoterapias dos pais e responsáveis. Ocasionalmente podem ser usados medicamentos para reduzir a irritabilidade.

A prevalência tem ampla variação, pois os critérios diagnósticos são altamente subjetivos. A prevalência do distúrbio de oposição desafiadora (DOD) pode ser elevada, cerca de 15% das crianças e adolescentes. Antes da puberdade o número de meninos afetados é maior do que o das meninas, e após a puberdade esta diferença fica menor.

Embora o DOD seja, às vezes, visto como uma “versão leve” dos distúrbios de conduta, existem apenas semelhanças superficiais entre os dois distúrbios. A marca do DOD é um estilo interpessoal caracterizado por irritabilidade e desafio. A criança com um distúrbio de conduta, entretanto, aparente e não conscientemente, viola repetidas vezes os direitos dos outros (p. ex., bullying, ameaçando ou causando danos, sendo cruel com os animais), às vezes sem qualquer evidência de irritabilidade.

A etiologia do DOD é desconhecida, mas é provavelmente mais comum em crianças de famílias cujos adultos são barulhentos, argumentadores, com conflitos interpessoais. Este diagnóstico não deve ser visto como um distúrbio circunscrito, mas sim como um indicador de problemas de base que podem precisar, no futuro, de investigação e tratamento.

Sinais e sintomas
Crianças com DOD tendem a:
• Impacientar-se fácil e repetidamente
• Argumentar com os adultos
• Desafiar os adultos
• Recusam-se a obedecer regras
• Deliberadamente aborrecem as pessoas
• Culpam os outros pelos seus próprios erros ou mau comportamento
• Aborrecem-se e zangam-se facilmente
• São rancorosas e vingativas

Muitas crianças afetadas também não possuem habilidades sociais.

Diagnóstico
Glauco diz que o diagnóstico de DOD é feito na criança que apresenta quatro ou mais destes comportamentos durante pelo menos 6 meses. Os sintomas devem ser graves e desagregadores.
DOD deve ser diferenciado de situações que causam sintomas semelhantes:
• Comportamentos de discordância leves ou moderados. Tais comportamentos ocorrem periodicamente em quase toda criança e adolescente
• Distúrbios de déficit de atenção/hiperatividade (DDAH) não tratados. Quando o DDAH é adequadamente tratado, os sintomas semelhantes aos do DOD desaparecem
• Distúrbios depressivos maiores: em algumas crianças com este distúrbio o humor predominante é irritabilidade, e não tristeza. O distúrbio depressivo maior com irritabilidade é diferençável do DOD pela falta de prazer e por sintomas neurovegetativos (p. ex., sono e apetite alterados). Estes sintomas são facilmente despercebidos nas crianças

Tratamento
• Terapia de mudança do comportamento
• Ocasionalmente medicamentos
Problemas de base (p. ex., disfunções familiares) e doenças coexistentes (p. ex., DDAH) devem ser identificados e corrigidos. Entretanto, mesmo sem tratamento, a maioria das crianças com DOD melhora gradativamente com o tempo.

Inicialmente, destaca Glauco, o tratamento de escolha é um programa de modificação do comportamento para amoldar a conduta da criança em direções mais apropriadas socialmente. Além disso, muitas destas crianças podem beneficiar-se com a terapia de grupo que edifica habilidades sociais.
Às vezes, os medicamentos utilizados em distúrbios depressivos podem ajudar.

DISTÚRBIOS DE CONDUTA
Glauco destaca que são padrões de comportamento persistentes ou recorrentes que violam os direitos dos outros ou as regras e normas sociais principais e próprias para a idade. A história fornece o diagnóstico. O tratamento de comorbidades e a psicoterapia podem ajudar. Entretanto, muitas destas crianças precisam de supervisão considerável.

A prevalência de algum nível do distúrbio de conduta (DC) é cerca de 10%. O acometimento geralmente ocorre no final da infância ou início da adolescência, sendo mais comum entre os meninos.

A etiologia é complexa, interagindo fatores genéticos e ambientais. Pais de adolescentes com DC frequentemente estão envolvidos com o uso de drogas e comportamentos antissociais, diagnosticados como DDAH, distúrbios do humor, esquizofrenia, personalidade antissocial. Entretanto, o DC pode ocorrer em crianças de famílias altamente adequadas e saudáveis.

Sinais e sintomas
Crianças e adolescentes com DC não têm sentimentos para com o bem-estar dos outros e às vezes interpretam erroneamente o comportamento dos outros, como ameaçador. Podem demonstrar agressividade por valentia, fazer ameaças, agitar uma arma, cometer atos de crueldade física, forçar atividades sexuais, todos com pouco ou nenhum sentimento de remorso. Em alguns casos, sua agressividade e crueldade são dirigidas contra os animais. Estas crianças ou adolescentes podem envolver-se em destruição de propriedades, fraudes e roubos. Têm baixa tolerância às frustrações, são negligentes, desobedecem regras e proibições dos pais (p. ex., fogem de casa, ausentam-se da escola com frequência).

Comportamentos aberrantes diferem entre os dois sexos. Os meninos tendem a ser briguentos, ladrões e vândalos, e as meninas são mentirosas, fogem e se envolvem em prostituição. Ambos os sexos tendem ao uso de drogas e têm dificuldades escolares. As ideias suicidas são comuns, e tentativas de suicídio devem ser rigorosamente cuidadas.

Diagnóstico
O DC é diagnosticado na criança e adolescente que demonstra três ou mais das descrições descritas a seguir, nos últimos 12 meses e pelo menos 1 em um dos 6 meses anteriores:
• Agressividade contra pessoas e animais
• Destruição de propriedade
• Trapaça, mentira ou roubo
• Violações graves da autoridade dos pais

Os sintomas ou comportamentos devem ser suficientemente significativos para enfraquecer as atividades e relacionamentos, na escola ou no trabalho.

Prognóstico
A maioria dos jovens com DC cessa seu comportamento desagregador no início da vida adulta, mas cerca de 1/3 dos casos persiste. Muitos destes se encaixam nos critérios de distúrbios antissociais da personalidade. O acometimento precoce está associado a mau prognóstico. Algumas crianças e adolescentes desenvolvem distúrbios de ansiedade, somatização, distúrbios relacionados com as drogas e precoces distúrbios psicóticos do adulto. Crianças e adolescentes com DC tendem a apresentar alta incidência de alterações físicas e outros distúrbios mentais.

Tratamento
• Medicamentos para tratamento das comorbidades
• Psicoterapia
• Ocasionalmente acomodação em um centro residencial

O tratamento das comorbidades com medicamentos ou psicoterapia pode melhorar a autoestima e autocontrole e, no final, melhorar o DC. Os medicamentos podem incluir estimulantes, estabilizadores do humor e antipsicóticos atípicos, especialmente o uso a curto prazo de risperidona.

Moralização e horríveis advertências são ineficazes e devem ser evitadas. Também ajuda a psicoterapia individual, incluindo terapia cognitiva e modificação do comportamento. Crianças e adolescentes com distúrbios graves devem ser acomodados em centros de residência onde o comportamento deles possa ser trabalhado apropriadamente, afastando-os do ambiente que possa contribuir com o comportamento aberrante.

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