Glauco Diniz Duarte Bh – como funciona energia fotovoltaica
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, com o avanço da tecnologia e custos cada vez mais acessíveis, a utilização de placas de energia solar fotovoltaica começa a virar realidade em condomínios.
Inicialmente, o valor de investimento pode até assustar. Ele varia de acordo com a necessidade de cada condomínio, sendo os principais fatores o consumo de energia e a acessibilidade do local de instalação.
Mas a boa notícia é que bancos passaram a oferecer um financiamento para fontes renováveis com prazos de amortização mais longos.
Manutenção
O outro ponto positivo a se destacar é que o custo-benefício da tecnologia compensa porque o sistema tem vida útil longa – de aproximadamente 25 anos – e praticamente não exige manutenção específica.
Espaço necessário e posicionamento das placas solares
Essa tecnologia se adapta bem em qualquer empreendimento. Os mais novos já estão sendo idealizados com ela, enquanto os mais antigos precisam passar por um estudo, mas que também podem conseguir abrigar as placas.
O único limitador, no entanto, é o espaço. Cada painel com potência de 325 W (watt) mede 2,00 x 1 metros, por exemplo.
Resultados da energia fotovoltaica em condomínios
Com um pouco de planejamento e estudo é possível alcançar resultados consideráveis.
O tamanho do espaço de instalação irá interferir na quantidade de energia gerada, mas mesmo em áreas pequenas haverá como reduzir a conta de luz dos meses seguintes.
O condomínio não ganha só com a conta mais baixa, o sistema solar agrega também valor ao imóvel.
Regulamentação e aprovação em assembleia
Por ser uma benfeitoria que pode ser considerada necessária, segundo especialistas, basta a aprovação em assembleia pela maioria simples dos condôminos presentes.
No entanto, existem normas técnicas que devem ser levadas em consideração, especialmente a resolução da Aneel, que determina que a contratação de profissionais habilitados na área de engenharia elétrica é imprescindível para garantir o correto dimensionamento do sistema e para solicitar as licenças necessárias à concessionária de energia para a execução do projeto.
E antes de iniciar a utilização, a distribuidora terá ainda que vistoriar as placas para autorizar o uso.
Como funciona
As placas ou painéis solares possuem células fotovoltaicas, que quando recebem raios solares, captam a energia solar e transformam em energia elétrica.
As placas são conectadas ao inversor solar, responsáveis por converterem a energia gerada em eletricidade. Há plataformas modernas on-line que permitem o monitoramento de tudo o que acontece na instalação.
Logo em seguida, toda energia gerada é conectada na rede e chega até o “quadro” de luz, no qual é responsável por distribuir toda a energia no condomínio.
Comece aos poucos
Se o condomínio quer implementar a tecnologia de forma gradativa ou parcial, é perfeitamente possível manter a energia convencional para os apartamentos ou casas, e utilizar energia solar fotovoltaica apenas nas áreas comuns dos condomínios.
Panorama da energia fotovoltaica no Brasil
Devido ao incentivo que o próprio governo criou para difundir a tecnologia, como as linhas de crédito oferecidas para financiar a energia solar, os módulos fotovoltaicos estão ganhando cada vez mais adeptos nos últimos anos no Brasil, permitindo que residências e condomínios consigam instalar cada vez mais placas solares.
No entanto, os dígitos sobre fonte limpa e infinita no Brasil ainda são modestíssimos.
Atualmente, o número de conexões de micro e mineração de energia ainda é baixo, chegando apenas a um pouco mais de 20 mil instalações no país, com atendimento a 30 mil unidades consumidoras, o que representa uma potência instalada de 247,30 MW (Megawatt). A classe de consumo residencial é a maior responsável, com 58,71% das conexões.
Ao contrário do que acontece no Brasil, países como Estados Unidos, Alemanha, China, Itália, Japão e Espanha já estão usando todo o potencial do sol em grande escala. Essa discrepância existe porque diferente de outros locais do mundo, os incentivos para utilização de energia verde ainda são incipientes no Brasil.
E com isso, o Brasil está mais ou menos 15 anos atrasado em relação ao setor fotovoltaico de outros países, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), mesmo contando com uma das posições mais privilegiadas para a geração de energia solar em todo o mundo.