Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o Brasil fechou o ano de 2019 com potência instalada de 170.071 megawatts (MW), sendo mais de 75% a partir de fontes renováveis. O dado foi divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O incremento, no ano passado, foi de 7.246,41 MW de capacidade instalada no Brasil, ultrapassando a meta de 5.781 MW.
Segundo a Aneel, a força da água dos rios continua impulsionando a maior parte da energia gerada no país, com um total de 4.839 MW em empreendimentos inaugurados ou concluídos no ano passado.
“Desse total, 4.755 MW foram trazidos por usinas hidrelétricas de grande porte, entre as quais se destaca Belo Monte, que completou sua motorização com 3.667 MW injetados na rede.” A agência liberou a operação da última turbina de Belo Monte em outubro de 2019.
A ampliação da geração eólica foi responsável por um acréscimo de 971 MW, superior aos 776 MW acrescidos em usinas termelétricas. As usinas solares fotovoltaicas de grande porte agregaram 551 MW à matriz brasileira no ano passado.
Considerando o avanço verificado no ano, os 3.870 empreendimentos de energia solar em operação já são responsáveis por 1,46% da potência fiscalizada no país, e os 629 de energia eólica, por 9,04%.
Apesar do aumento expressivo, segundo presidente da InterB Consultoria, Claudio Frischtak, o país vai precisar investir mais em energia. “Há enorme potencial de investimento em energia, sobretudo em fontes renováveis como eólica e solar. Além disso, temos uma situação limite. Se a economia crescer mais fortemente, com demanda maior do que a esperada de energia, isso vai descortinar a fragilidade do sistema. Precisamos de mais investimentos em energia”, alertou.