Glauco Diniz Duarte Bh – como homologar energia solar
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, para se calcular um Projeto de Energia Solar Residencial deve-se somar o custo dos equipamentos mais a mão de obra especializada para realizar o trabalho. No entanto, assim como todos os outros serviços, a qualidade e garantia dos mesmos serão o diferencial no valor e qualidade final do sistema.
Quando um interessado em energia solar para residência ou até mesmo em um Projeto de Energia Solar Residencial vai até a empresa para solicitar um orçamento, muitas vezes ele, ou ela, não tem a mínima ideia sobre quais os custos envolvidos nesse cálculo, apenas a vontade de economizar na conta de luz.
A inflação energética e o sistema de bandeiras tarifárias são os maiores pesadelos dos brasileiros, que arcam com conta de luz muito alta todos os meses.
Para acabar de vez com todas essas dúvidas, o instrutor Ronilson Di Souza apresenta este artigo completo sobre tudo o que você precisa saber na hora de escolher o seu gerador solar, garantindo a economia que você espera.
É fato que todo mundo deseja possuir um gerador de energia elétrica que seja barato, gere muita energia e tenha baixo (ou nenhum) custo de manutenção.
Infelizmente, não existe NENHUM gerador de energia elétrica que tenha, ao mesmo tempo, estas três qualidades; alguns não têm nenhuma delas, mas ainda assim a necessidade fala mais alto e, em regiões que não são atendidas pela rede pública de distribuição de energia elétrica, o uso de um gerador particular é essencial.
Nos locais que são atendidos pela rede pública de distribuição de energia elétrica, o uso de um gerador particular, caro de instalar, que gera pouca energia e tem alto custo de manutenção é simplesmente inviável.
Mas existem boas opções que podem ser adotadas em muitas situações, como é o caso da energia solar e da energia eólica, que se tornam opções vantajosas frente ao custo da energia elétrica.
Os geradores de energia solar possuem maiores possibilidades de penetração nos lares brasileiros que os geradores eólicos, pois as localidades que possuem boa qualidade de ventos são muito menores que as localidades que possuem bons telhados.
Além disso, os aerogeradores necessitam de uma infraestrutura para sua instalação (uma torre, ou pelo menos um mastro) que não é tão simples assim de se fazer em qualquer lugar.
É por isso que os projetos residenciais de energia solar no Brasil são muito mais numerosos que os projetos residenciais de energia eólica, o que faz com que os preços dos geradores solares venham caindo muito nas últimas duas décadas: quanto mais gente tem interesse em adquirir, mais gente tem interesse em produzir.
E isso, em energia solar, significa que surgiram, e surgirão, mais fabricantes, mais vendedores, mais projetistas, mais instaladores, e todos os outros profissionais e empresas que compõem a cadeia produtiva do setor.
Ainda assim, pelo menos no Brasil, os custos de um projeto de energia solar residencial ainda não estão ao alcance de toda a população, em especial os mais pobres.
Energia Solar Fotovoltaica Residencial Quanto Custa?
O valor final para ter energia solar em uma casa possui diversas variáveis. Para se chegar o custo final do projeto residencial é preciso levar em consideração a localização da residência, se possui acesso à rede elétrica ou não, consumo mensal de energia e o tipo de ligação, por exemplo.
Esses valores são necessários quando entendemos como funciona a energia solar, onde painéis solares convertem a luz do sol em energia elétrica, que é enviada até o inversor interativo e convertida para ser utilizada em nossas casas e empresas.
Todas essas informações são analisadas para que se possa dimensionar corretamente o sistema solar fotovoltaico, como são conhecidos os geradores de energia solar, e que são compostos pelo painel solar residencial, inversor e demais equipamentos e componentes para se converter a luz do sol em energia elétrica solar.
Energia Solar para Residência: Custos dos Equipamentos “no Brasil”
Um dos grandes pesos sobre os preços de um projeto de energia solar residencial está nos custos dos painéis fotovoltaicos e demais componentes do sistema em solo Brasileiro.
Apesar de alguns (poucos) incentivos estaduais e federais, que reduz significativamente a carga de impostos, ainda existem muitos custos para trazer os equipamentos (produzidos no exterior) ao Brasil e “nacionaliza-los”.
Os custos de transporte, armazenamento e desembaraço burocrático ainda pesam muito sobre o produto final.
Isso tende a melhorar, com a entrada dos grandes produtores no Brasil, a fim de suprirem as grandes plantas solares fotovoltaicas que serão instaladas, após os sucessivos leilões de energia solar.
Como muitos dos equipamentos são, basicamente, os mesmos utilizados em um projeto de energia solar residencial, os custos destes acabam caindo.
Painel Solar Residencial e os Equipamentos do Gerador de Energia Solar
Um dos principais componentes do kit de energia solar são as placas fotvoltaicas (melhor conhecidas como módulos), que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica através do efeito fotovoltaico.
Na hora do dimensionamento do sistema é feito o cálculo da quantidade de placas que serão necessárias para se obter a potência capaz de suprir o consumo elétrico da casa, e as quais serão agrupadas e instaladas formando o que chamamos de painel solar residencial.
Além dos módulos, os sistemas fotovoltaicos também fazem uso de um inversor interativo, que faz a conversão da corrente elétrica e uma string box, que agrupa mecanismos de segurança ao sistema e a chave de desligamento para as manutenções periódicas, além de todos os componentes de sustentação e integração mecânica e elétrica.
Quando o consumidor procura uma empresa de energia solar para desenvolver seu sistema gerador, todos esses equipamentos e componentes costumam já constar no orçamento do projeto, por isso, é sempre bom verificar se a empresa trabalha com o que é chamado de solução “Turn-Key”, na qual o sistema é entregue instalado e já funcionando.
Custos de Produção do Projeto Solar Fotovoltaico
Mas não são somente os equipamentos que inflam os preços, há também os custos relacionados com a engenharia do projeto de energia solar residencial como um todo: a produção do projeto, com todo o conhecimento necessário para se fazer um bom trabalho; e a obra em si, com toda a experiência necessária para se fazer uma boa instalação.
O salário médio de um engenheiro eletricista, em uma empresa de pequeno porte, varia entre R$ 3.500,00 e R$ 8.500,00, dependendo do seu nível profissional (de trainee a máster).
O salário médio de um técnico em eletrotécnica, também em uma empresa de pequeno porte, varia entre R$ 1.700,00 a até R$ 3.000,00, também de acordo à sua experiência e nível profissional.
E, mesmo que o engenheiro eletricista (ou eletrotécnico) seja o dono da empresa, é necessário que esse profissional tenha, no mínimo, a remuneração média que teria se trabalhasse como assalariado.
Os projetos elétricos e civis para a instalação de um gerador solar fotovoltaico não são demasiadamente complexos, sendo possível aproveitar muitos dos conteúdos de um projeto para outro (diagramas, desenhos, listas de componentes, etc.).
Mas cada caso deve ser analisado separadamente, pois é muito difícil de se encontrar dois cenários parecidos; e isso é o que mais toma tempo: a análise do que será feito e de que forma será feito, para que, ao final, se tenha um projeto de energia solar residencial.
E quanto mais complexas são as análises, mais tempo elas tomam, o que significa mais custo de “homem-hora” por projeto. Assim, mesmo um gerador de muito baixa potência pode requerer um cuidado técnico minucioso, da mesma forma que uma grande obra.
Custos de Instalação de um Sistema Fotovoltaico (Insumos e Mão de Obra)
Em seguida, temos os custos da instalação propriamente dita, que engloba os custos da mão de obra e os custos dos componentes elétricos comuns: cabos, conectores, disjuntores e fusíveis, dispositivos de proteção contra surtos (DPS), quadros-elétricos, eletrodutos, caixas de passagem, parafusos e também, claro, as ferramentas de trabalho dos instaladores.
Uma equipe de instalação tem, geralmente, entre três a cinco pessoas (existem empresas que trabalham com apenas dois instaladores por equipe), que devem trabalhar com segurança e eficiência.
Isso significa o uso de equipamentos de segurança individual e coletiva, além de um bom kit de ferramentas que, embora não seja demasiadamente caro, ainda tem muito peso no orçamento da empresa instaladora.
Todos os profissionais devem possuir treinamento e certificação em normas de segurança do trabalho (em especial a NR-10 e a NR-35, respectivamente: “Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade”, e “Trabalho em Altura”)
Todos eles devem, também, estar em dia com os atestados de saúde ocupacional, que certificam as suas capacidades de executar com segurança o seu trabalho diário.
Manter uma equipe devidamente acertada, com todo o aparato e condições de trabalho seguras e eficientes tem um custo relativamente alto. É por isso que as empresas com “baixo profissionalismo” conseguem praticar preços muito menores: ao custo do risco de seus colaboradores e também do cliente final.
Um acidente em local de trabalho tem consequências desastrosas, e todos os envolvidos na obra são responsabilizados civil e criminalmente; inclusive o cliente. Portanto o barato pode sair muito caro.
Custos de Garantias Dadas aos Equipamentos e Mão de Obra
Para que a empresa integradora de energia solar fotovoltaica consiga manter as garantias dadas à execução da obra, a instalação em si, essa deve ser feita da melhor forma possível, o que depende muito de uma equipe de trabalho afinada e devidamente equipada.
Em relação aos componentes utilizados na instalação, esses devem ser de muito boa qualidade, mas isso não é tudo.
Eventualmente, mesmo um bom equipamento pode apresentar defeito dentro do seu período de garantia e, nesse caso, caberá ao seu fabricante prestar o devido suporte.
Por isso, quanto mais efetivas são as assistências dadas pelos fabricantes, maior é o custo final do equipamento, justamente para cobrir esses custos de garantia.
Muitos fornecedores conseguem praticar preços abaixo do padrão de mercado justamente ao “apertar” as garantias.
Embora a garantia mínima de qualquer produto ou serviço no Brasil seja, por lei, de 90 dias (3 meses), é muito comum aos componentes de um projeto de energia solar residencial terem garantias superiores aos 5 anos.
Quem oferece a garantia mínima de 90 dias tem a vantagem de não ter mais responsabilidade sobre um inversor interativo que falhe com apenas um ano de uso; enquanto a empresa que fornece cinco anos de garantia faria todos os trâmites necessários ao reparo ou troca desse inversor, muitas vezes sem custo de instalação ao cliente.
É mais uma situação em que o barato sai caro.
Custo de Oportunidade (O Que é Novidade é Mais Caro)
Mas também há o “custo da novidade”, que faz com que produtos e serviços de recente atividade no mercado tenham custo mais elevado que os produtos e serviços já estabelecidos.
É algo similar ao que ocorreu com a adoção massiva de computadores: no início o equipamento era extremamente caro, pagava-se a um “entendido” para fazer a sua instalação e, para usar a tecnologia, era necessário fazer cursos de informática que também custavam muito caro, pois eram poucas as pessoas que dominavam a tecnologia.
Com a popularização dos computadores, cada vez mais pessoas passaram a trabalhar com informática, e a grande oferta de equipamentos e profissionais fez com que os custos gerais caíssem muito.
Hoje em dia os equipamentos não estão mais tão baratos quanto eram há alguns anos atrás, mas com certeza estão muito mais baratos que no final dos anos 90, quando a tecnologia começou a se popularizar definitivamente.
Hoje em dia, as baterias solares residências, como a Powerwall da Tesla, são o mais novo fator novidade quando falamos em geradores solares, apresentado alto custo no mercado.
Com a energia solar fotovoltaica residencial é a mesma coisa: à medida que a tecnologia se popularizou, o preço de um kit de energia solar residencial caiu, mas, enquanto ainda era novidade, mesmo com condições de se produzir a baixo custo, o preço final ao cliente final ainda era alto.
À medida que o fator novidade vai diminuindo, os preços vão caindo. É por isso que o mercado está sempre lançando alguma coisa nova, de forma a manter o fator novidade sempre em alta, permitindo que o detentor dos direitos dessa novidade consiga manter os seus preços mais elevados.
Felizmente, no Brasil, a energia solar já não é mais uma novidade em muitos locais. Por isso os preços despencaram absurdamente nos últimos cinco anos.
Não dá Para Fazer um Projeto de Energia Solar Residencial MUITO Mais Barato?
Procedência dos Equipamentos
Não é tão simples “gastar muito pouco” em um projeto de energia solar residencial, e também não costuma ser muito viável.
Geralmente, o início de tudo está na aquisição dos equipamentos e, com componentes mais baratos, os custos gerais serão, claro, muito menores.
Infelizmente, os equipamentos mais baratos são aqueles que tem procedência duvidosa, o que justifica a diferença de preço de até 40% em um inversor interativo, que, entretanto, não possui registro no INMETRO, sem o qual não é possível solicitar, junto a distribuidora local, o acesso formal à rede pública de energia elétrica.
É mais uma prova do barato que sai caro pois, se não registrar o projeto de energia solar residencial junto à distribuidora, isso é entendido como fraude, passível de multa e corte de energia.
Também é possível comprar módulos fotovoltaicos sem as garantias contra defeito de fabricação de 10 anos, o que, geralmente, é feito através de fornecedores obscuros. Esses módulos vêm de todos os lugares do mundo e, geralmente, possuem pequenos defeitos, embora sejam utilizáveis.
Em fábricas recentemente instaladas, é muito comum que as primeiras unidades produzidas por sua linha de montagem apresentem pequenos defeitos, oriundos dos equipamentos de manufatura que ainda não foram completamente calibrados.
Esses módulos são, então, vendidos a preços muito convidativos, mas os fabricantes não dão garantia ALGUMA. O risco é por conta do cliente final.
Qualidade dos Componentes
E, por fim, isso acontece também com os componentes de integração do sistema (CIS), que englobam os cabos, conectores, seccionadores, dispositivos de proteção e estrutura de fixação.
Apesar de EXTREMAMENTE não recomendável, é comum aos “barateiros” utilizarem cabos elétricos comuns na interligação entre o arranjo fotovoltaico (o conjunto de placas) e o inversor interativo, quando OBRIGATORIAMENTE deve-se utilizar o chamado cabo solar, que é bem mais caro que o cabo comum.
Os disjuntores e fusíveis, quando utilizados, devem ser próprios para trabalhar com corrente contínua, que também são mais caros que os modelos mais comumente encontrados no mercado de energia solar, que são próprios para trabalhar com corrente alternada.
O mais engraçado, é que os “barateiros” costumam utilizar os DPS’s mais caros, que ainda por cima costumam estar dimensionados incorretamente.
Mas o pior caso é o das estruturas de fixação, que costumas ser terrivelmente negligenciadas no projeto de energia solar residencial de “baixo custo”.
É muito comum aos “barateiros” utilizarem perfis de alumínio que são produzidos para outros fins, geralmente perfurando-os com parafusos de qualquer tipo para a fixação dos módulos fotovoltaicos (as placas solares), o que oferece uma fixação deficiente, além de reduzir a robustez do perfil de alumínio.
Mas não é raro o uso de perfis de outros metais, que podem apresentar “corrosão galvânica” ao entrarem em contato com o alumínio da moldura dos módulos fotovoltaicos.
O mesmo ocorre com as “bases de fixação dos trilhos”, que devem ser feitas de material resistente à corrosão. Em estruturas muito baratas, é comum que sejam feitas de materiais sem a devida proteção; o que faz com que sua durabilidade seja infinitamente inferior ao mesmo componente produzido por fabricantes reconhecidos.
Energia Solar Caseira
Mas, mesmo adquirindo componentes de boa qualidade, ainda é possível gastar muito menos na implantação de um projeto de energia solar residencial. Basta fazer sozinho a instalação do gerador e o registro junto à distribuidora.
Infelizmente, esta opção é para poucos (relativamente), pois é necessário ter, além do conhecimento, a capacitação e a competência profissional para fazer esse tipo de serviço, sem os quais a instalação de um sistema de energia solar caseiro se torna altamente perigosa.
E quem tem esses três atributos são os engenheiros eletricistas (e de algumas outras áreas da engenharia, também) e os técnicos em eletrotécnica (técnicos em eletromecânica também têm), que são os profissionais que podem requerer a Anotação de Responsabilidade Técnica junto aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia – CREA.
É preciso somente um profissional qualificado (que tenha feito estudo formal junto a uma instituição de ensino reconhecida) e devidamente habilitado (com registro ativo no CREA), que irá supervisionar a obra; os demais profissionais devem ser capacitados (ter conhecimento sobre os equipamentos e ferramentas com os quais vão trabalhar) e também devem ter certificação de que receberam treinamento em normas de segurança do trabalho.
Barateando a Mão de Obra da Energia Solar
A economia perigosa está na possibilidade de contratação de mão de obra extremamente barata, com uma equipe sem capacitação, sem certificação (e treinamento) em normas de segurança do trabalho e, muitas vezes, totalmente inexperiente.
Mesmo sob a supervisão de um profissional qualificado e habilitado, uma equipe despreparada pode fazer um péssimo serviço durante um projeto de energia solar residencial. Se estiverem sozinhos, então, a situação é ainda pior.
No caso de uma instalação malfeita e que deixa sequelas, o prejuízo é somente do cliente; no caso de um acidente durante o trabalho de instalação, além do prejuízo material, ainda há as responsabilidades civil e criminal. Isso é, definitivamente, o barato mais caro que existe.
Fazer uma Instalação Mais “Rústica”
Uma instalação bem-acabada, com respeito à estética e às características originais da edificação (antes da instalação) é bem mais custosa que uma instalação mais rústica, com equipamentos mais aparentes (quadros elétricos, dutos, etc.).
Em serviços muitos baratos, é comum pensar-se somente nas menores distâncias para o cabeamento, o que pode significar um “grande pedaço de cano” (o eletroduto) bem no meio de uma bela parede verde (ou seja lá qual for a cor, eu só me lembro de uma coisa horrenda que vi recentemente).
Quem não está tão preocupado assim com a “beleza estética” pode economizar até algumas centenas de reais.
Comprar a “Assinatura de Projeto”
E, por fim, caso você pretenda realizar todas as “economias arriscadas” descritas acima, pode se dar ao luxo de cometer o “último dos pecados”, que é “comprar a assinatura” de projeto de um caneteiro.
O termo “caneteiro” é dado aos profissionais inescrupulosos que praticam uma das ações mais condenadas pelas entidades de classe profissional, que é simplesmente vender a sua assinatura para o requerimento de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Esse profissional não irá acompanhar a obra, não oferecerá auxílio técnico e, muito provavelmente, nem tomará conhecimento do teor do projeto, mas vai “cobrar baratinho” pra fornecer a assinatura técnica necessária para registra-lo junto à distribuidora.
O risco está no fato desse profissional não prestar as devidas assistências à elaboração do projeto, deixando que seja feito de qualquer forma, com chance da instalação ficar extremamente fora do que foi planejado. No “papel” será uma coisa, mas na realidade será outra.
Aproveitando que as distribuidoras, na sua grande maioria, ainda não fazem a inspeção completa de toda a obra, verificando a veracidade das informações apresentadas no projeto, é possível instalar algo totalmente diferente do que foi apresentado à distribuidora.
Contudo, caso seja feita uma inspeção completa, será detectado o projeto fajuto e a obra será recusada, obrigando a sua desmontagem sob pena de multa. Caso o “caneteiro” seja descoberto, todas as suas ART’s são canceladas, e os proprietários das obras também serão responsabilizados criminalmente.
Como as Empresas Lucram Com Projetos Residenciais de Energia Solar?
Margem de lucro dos equipamentos
As empresas integradores de energia solar conseguem subsistir, como todas as demais empresas, através do lucro em suas atividades.
Em relação ao projeto de energia solar residencial, uma das fontes de lucro está nas margens de preço dos componentes.
Mesmo as empresas que fazem somente a distribuição dos equipamentos, praticam boas margens de lucro sobre estes; sendo essas empresas, geralmente, as que mais têm lucro nos componentes.
Custos da Mão de Obra Embutidas no Custo Final da Solução
As empresas que fazem somente a instalação têm o seu lucro nos custos de instalação, cobrando pequena margem sobre os custos de mão de obra e uso de ferramentário.
Em locais em que não há concorrência, é possível praticar margens de lucro mais altas, mas em grandes centros urbanos, onde geralmente existe maior concorrência, as margens de lucro são muito apertadas.
Nesses casos, geralmente, as boas empresas concorrem com as chamadas “empresas aventureiras”, que chegam a cobrar valores abaixo do preço de custo para ‘cativarem o cliente’ e criarem portfólio. Por isso, as empresas instaladoras que atendem nos grandes centros urbanos são as que têm margens de lucro mais apertadas.
As empresas que oferecem toda a solução pronta e instalada, geralmente, possuem equipes internas de engenharia e instalação, cujos custos operacionais são diluídos entre os projetos que entregam, que devem pagar por toda essa estrutura operacional.
Essas empresas estão sempre em guerra com as “empresas aventureiras”, que além de oferecerem perigo imediato à subsistências das boas empresas, também oferecem risco a toda a tecnologia.
Algo similar ao que ocorreu com os sistemas de aquecimento solar, que após tantas instalações feitas por “empresas aventureiras” e de baixa (ou nula) qualificação, deixou marcas profundas devido aos sucessivos erros de projeto e instalação que, em vez de gerarem economia, geraram mais gastos aos clientes.
É por isso que pode haver tanta diferença entre os valores cobrados pelas empresas. Isso tem muito a ver com a qualidade geral do que será entregue, desde os componentes, até a instalação e à “paz de espírito” de saber que se possui algo que foi feito para durar e trazer lucro, não prejuízo.
Porque é Perigoso Comprar o Seu Gerador Solar de uma “Empresa Aventureira”? Ou, Quais os 4 Erros Mais Comuns Na Hora de Escolher a Empresa de Energia Solar
Pra finalizar, vamos resumir como é possível “pagar metade” (e receber um terço) em um projeto de energia solar residencial.
Erro #1: Equipamentos e Componentes
Se você selecionar uma empresa integradora de energia solar fotovoltaica “nova no mercado”, que não tenha suporte ou parceria concreta com uma empresa já conceituada, e que pratica preços muito abaixo do padrão de mercado, muito provavelmente receberá componentes mais baratos, advindos de fornecedores duvidosos e até com garantia menor que o padrão estabelecido no mercado.
Erro #2: Mão de Obra
A mão de obra de instalação, se também for de baixo custo, muito provavelmente será de pessoas sem qualificação, e até mesmo sem capacitação.
Essas pessoas dificilmente farão um trabalho tecnicamente aceitável, podendo deixar o imóvel em situação muito ruim, além da instalação do projeto de energia solar residencial em si que, muito provavelmente, deverá ser revista.
Erro #3: Garantias
Cobrar preços abaixo do custo significa que a empresa não está obtendo lucro, e isso é indício de que essa empresa pode não durar muito.
Assim, é provável que ela vá deixar o cliente com uma pilha de componentes de baixa qualidade, cujas garantias ninguém garante, pondo em risco tanto o gerador solar fotovoltaico quanto o próprio imóvel, dados os risco de incêndio provocados por uma instalação elétrica deficiente.
Se o cliente “fica na mão”, no caso de algum problema ou defeito em seu gerador solar, terá que contratar uma empresa idônea, que dificilmente vai aceitar trabalhar com equipamentos de baixa qualidade e uma instalação mal feita, sob o risco de assumir a responsabilidade técnica de uma bomba relógio.
Essas empresas muito provavelmente se oferecerão para fazer um novo projeto de energia solar residencial, com todos os custos reais e, ainda, o custo extra de desfazer o projeto residencial de energia solar fotovoltaicas que foi mal feito. É aí que o cliente paga em dobro.
Erro #4: Projeto Incompleto
Se, ainda, o gerador de energia solar fotovoltaica foi feito “pela metade”, sem a documentação do projeto residencial, será necessário fazer toda essa documentação, o que é mais trabalhoso do que fazer no início do projeto.
Uma empresa idônea dificilmente aceitará se envolver tecnicamente com algo perigoso, que foi feito anteriormente de forma totalmente antiprofissional; somente aceitará se a obra foi feita de forma correta, o que significa que o preço original pode não ter sido tão baixo, mas teve somente a diferença dos custos de engenharia e instalação.
Isso é especialmente comum em casos em que um cliente “entendido” adquire diretamente os componentes, contrata bons instaladores eletricistas para fazer a obra e, depois, “corre atrás” de quem possa fazer a parte de engenharia.
Embora seja uma ação temerária, nos dias de hoje, muito provavelmente isso se torne algo corriqueiro e não perigoso em alguns anos, quando as empresas se especializarem em apenas um dos aspectos do trabalho completo que fazem (projeto, fornecimento de equipamentos e instalação), e tivermos distribuição no varejo de produtos com qualidade certificada e a bons preços, com garantias asseguradas por fábricas brasileiras, com grandes centros de distribuição espalhados pelo país. Fazer isso hoje em dia é pedir pra tomar prejuízo.
Quanto Custa Realmente um Projeto de Energia Solar Residencial?
Embora cada projeto de energia solar residencial seja único, sendo necessário um estudo exclusivo dos fatores locais e de consumo para se chegar ao seu custo final, ainda assim é possível calcularmos uma estimativa dos valores médios.
Abaixo, estipulamos o valor médio para cada tipo de consumo residencial; pequeno, médio e grande, com base no consumo de equipamentos eletrônicos básicos, como geladeira, máquina de lavar e aparelhos de ar-condicionado.
Os valores acima foram calculados com base no custo médio nacional do watt de energia solar, computados em junho de 2017 pela empresa de pesquisa Greener e divulgados em seu relatório “Análise do Mercado Fotovoltaico de Geração Distribuída – 2º Semestre de 2017”.
Existem, no entanto, ferramentas que podem lhe dar um valor mais aproximado do real para o seu próprio projeto de energia solar residencial. Um deles é o simulador solar da Blue Sol, disponível através do site.
Através dessa calculadora, após a inserção de alguns dados, como consumo mensal, localidade e tarifa da distribuidora local, você obtém na hora o valor do seu sistema gerador, assim como o tamanho, payback (tempo de retorno do investimento) e também a economia que irá obter com o sistema.
Além disso, a melhor notícia para aqueles que desejam empregar a tecnologia em sua casa é que linhas de financiamento específicas para a energia solar já são oferecidas por vários bancos, como o Banco do Brasil.