Energia fotovoltaica é viável – Glauco Diniz Duarte
Você frequentemente ouve algum comentário sobre o uso da energia solar fotovoltaica como uma alternativa viável para a geração de eletricidade em residências e até em empresas? Mas será que vale a pena instalar energia solar? Para responder essa pergunta faremos uma breve análise sobre o tema. Curioso? Dê só uma olhadinha:
Quais são os usos da energia solar?
Antes de mais nada, é preciso apontar que tanto em residências como em empresas, a energia solar pode ser aproveitada de duas maneiras.
A primeira, já bastante popular no país, usa o calor do sol para aquecer a água, o que reduz o custo da conta de luz por diminuir o trabalho de aquecedores elétricos.
A segunda, relativa aos painéis fotovoltaicos — e sobre a qual falaremos neste post — converte a luz do sol em energia elétrica, que fica acumulada para aproveitamento posterior.
Instalar energia solar é vantajoso para o meio ambiente?
Considerando a atual situação ambiental, a resposta é bastante simples: sim! Afinal de contas, se você usa uma microestação para produzir sua própria energia, consequentemente exige menos do sistema tradicional de geração e distribuição.
Assim, as companhias de energia podem trabalhar com mais folga, não precisando se preocupar em construir novas usinas ou linhas de transmissão — obras com um alto grau de impacto ambiental.
Vale lembrar que boa parte da energia vem das termelétricas, que usam combustíveis fósseis e contribuem para o aquecimento do planeta. Isso sem contar que ainda há as usinas nucleares, cujas implicações para a natureza e para o ser humano são extremamente temidas.
Instalar energia solar é bom para o bolso?
Fazendo uma análise do sistema de microgeração fotovoltaica, você perceberá que o investimento é bastante compensador.
Para fazer esse estudo, basta considerar o investimento a ser feito com a instalação, o volume de energia consumido mensalmente na residência ou na empresa e as possibilidades de retorno do investimento.
Instalação
Atualmente, o custo de instalação de uma usina em uma residência vai de aproximadamente 15 mil reais para uma pequena casa até mais de 100 mil reais para grandes propriedades.
Em empresas, onde o consumo de energia é maior, esse custo é proporcionalmente mais alto. De qualquer forma, tudo depende de uma avaliação do consumo em cada caso para definir o tamanho do projeto ideal para cada realidade.
Payback
Outro fator que deve ser considerado é o tempo necessário para que a instalação se pague — o chamado payback. Para chegar a ele, basta dividir o custo total do microgerador pelo valor da economia mensal na conta de luz após a devida instalação, considerando nesse cálculo a variação anual com os reajustes das contas.
Atualmente, o mercado oferece um payback que varia tipicamente entre 4 e 10 anos de acordo com o valor do projeto e as tarifas praticadas. Contudo, considerando que o custo da energia vem aumentando significativamente, a tendência é esse tempo de retorno ficar cada vez menor, ano após ano!
Bônus
A regulamentação do setor de geração distribuída no Brasil permite que o microgerador injete na rede o excedente da energia que produz.
Esse excesso será transformado em bônus em energia que poderá ser consumida quando o gerador não conseguir atender à demanda.
O excesso produzido durante o dia, por exemplo, poderá ser consumido à noite. Com isso é possível até que a capacidade de geração seja suficiente para suprir todo o consumo.