GLAUCO DINIZ DUARTE 10 novas tecnologias de construção que podem mudar o mundo
O crescimento populacional da humanidade tem castigado o planeta ao longo dos séculos, mas, nos últimos anos, mudanças climáticas e desastres naturais têm chamado atenção para a necessidade de cuidar melhor da saúde do planeta. Isso não apenas seria bom para Terra em si, mas também para nós, que teríamos onde viver por muitos milênios a mais.
Sendo assim, muitas comunidades, empresas, universidades e pessoas têm pensado em novas formas de construir sem impactar tanto no meio ambiente. Confira a lista de 10 tecnologias de construção que, se popularizadas, poderiam mudar o mundo.
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Cidades de bambu
O bambu é uma planta que cresce rápido e, quando maduro, gera uma madeira muito confiável, mais forte que aço e mais resistente que cimento. Por isso, um estúdio de arquitetura chinês chamado Penda, pretende usar o material para construir uma cidade inteira. Confira o vídeo.
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Nanofios de diamante
Diamante é o material natural mais rígido e resistente que existe na Terra. Ele é também possivelmente o mais resistente do universo. A Penn State University, nos EUA, criou um método para fabricar nanofios de diamante tão finos quanto um fio de cabelo humano a partir de carbono. Esses elementos poderiam ser usados em projetos de construção ambiciosos, como um elevador espacial que poderia baratear a exploração do espaço e também tornar o turismo espacial viável.
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Isolação térmica em aerogel
O é um material muito versátil, mas pouco utilizado atualmente. Algumas empresas já estão desenvolvendo mantas térmicas com o gel para isolar casas no futuro. A capacidade do aerogel de manter um ambiente aquecido é até cinco vezes maior que a de mantas tradicionais e, por isso, poderia economizar muita eletricidade e gás com aquecimento em países com invernos muito rigorosos. Infelizmente, o aerogel ainda é muito caro para ser usado dessa forma.
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Impressora de ruas
Pavimentar ruas com blocos ou com asfalto pode ser um processo demorado. No método tradicional, um trabalhador comum consegue pavimentar manualmente 100 m² por dia. Para tornar essa marca mais eficiente a Tiger Stine criou a “impressora de ruas”. A máquina funciona eletricamente e não conta com muitas partes móveis.
Ela precisa de uns três trabalhadores para gerenciá-la, alimentando a parte de cima com blocos de pavimentação — que podem ser feitos de materiais reciclados. A partir daí, a máquina organiza os blocos em uma matriz, e sua esteira vai posicionando os blocos no chão já preparado.
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Elevador multidirecional sem cabos
Os elevadores são meios de transporte muito difundidos mundo afora e tornaram viável a construção de grandes arranha-céus. Contudo, o conceito primordial do elevador não mudou há pelo menos 160 anos.
A companhia alemã de elevadores ThyssenKrupp, está elaborando um novo formato que poderia funcionar de forma multidirecional. Ou seja, poderia viajar não apenas para cima e para baixo, mas também para um lado e para o outro. Para isso, não seria preciso utilizar cabos, e as cabines se moveriam por levitação magnética, bem ao estilo do trem-bala japonês. Isso economizaria muita eletricidade e tornaria os elevadores mais seguros.
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Tinta que absorve energia solar
A Universidade de Alberta, no Canadá, está trabalhando em uma espécie de tinta que consegue absorver energia solar da mesma forma que painéis solares. Essa tinta conta com células compostas por micropartículas de zinco e fósforo. O objetivo da pesquisa agora é tornar a tinta eficiente o suficiente para fornecer eletricidade para uma casa estando cobrindo apenas toda a superfície de um telhado.
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Cidades verticais
A ideia de cidades verticais não é nova, mas algumas propostas de construção de megaedifícios que comportariam moradias, espaços para trabalho, alimentação e compras só estão se tornando realidade agora.
Uma empresa de arquitetura italiana chamada Luca Curci vai construir um prédio nos Emirados Árabes Unidos com 189 andares/níveis. Ele será capaz de comportar 25 mil pessoas junto com lojas e outras empresas. Uma vez que as pessoas não precisariam sair muito desses prédios, a necessidade de transporte diminuiria, evitando consumir mais recursos naturais.
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Asfalto inteligente
Grandes e pequenas cidades de todo o mundo têm enfrentado grandes problemas com inundações nas últimas décadas. Em grande parte, a pavimentação de ruas, calçadas e estacionamentos é responsável por isso, uma vez que impedem a água de penetrar no solo com rapidez. Uma empresa britânica chamada Tarmac criou um novo tipo de asfalto que é altamente permeável.
Para título de comparação, o concreto permite a penetração de até 300 ml de água por hora. O asfalto permeável da Tarmac permite a penetração de 600 litros por minuto em um metro quadrado. Veja o vídeo.
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Tijolos inteligentes
Os tijolos inteligentes da Kite Bricks, como você pode ver no vídeo, foram inspirados em pecinhas de Lego. Contudo, eles foram altamente otimizados para construção de casas e não precisam de cimento para serem montados em momento algum. Ele conta com encaixes que já vêm com um forte adesivo que gruda tudo no lugar. Dentro das peças. Há espaço para isolação térmica, canos de água e de fios elétricos.
Caso essa tecnologia se popularize, haveria uma grande economia em água em construções, e tudo seria montado com mais rapidez. A empresa vende ainda placas de acabamento para interiores e exteriores, que elimina a necessidade de tinta e de também de drywall para separar cômodos.
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Enxame de robôs construtores
Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, têm prestado atenção na forma como cupins e outras criaturas que vivem em colônia constroem suas estruturas. A partir disso, eles desenvolveram o conceito do enxame de robôs construtores, nomeado TERMES Project. Diversos pequenos robôs se responsabilizariam por montar peças de uma construção e diminuiriam o tempo de construção e a necessidade humanos em obras perigosas.