GLAUCO DINIZ DUARTE Especial Reforma: luzes embutidas são tendências, mas, antes, é preciso saber a capacidade da rede de energia da casa
Depois de feita a primeira parte da reforma, contratando os profissionais e calculando os materiais necessários para a obra, é hora de cuidar da parte elétrica. Nesta segunda parte do especial sobre reforma, o Bela Casa orienta sobre qual a melhor disposição das luzes nos cômodos e como redimensionar a potência da casa, a fim de não sobrecarregar a rede de energia, além de mostrar os cuidados para a instalação do gás natural.
Claudia Pimenta, arquiteta do escritório Arquitetura Interior, e a designer de interiores Patricia Franco acreditam que a tendência atual é a iluminação indireta, em que as lâmpadas ficam escondidas atrás de tetos rebaixados com gesso ou escondidas por trás de espelhos e painéis.
– Acho que a tendência é misturar a iluminação, com luzes incandescentes, dicróicas (luz direcionada e intensa) e LEDs (mais econômicas). Além disso, é possível brincar com os efeitos da luz, ao criar destaques na parede e detalhes no teto.
Entre os cuidados na hora de colocar os lustres, Sonia Martinelli, coordenadora do Espaço Design da rede Amoedo, explica que há uma altura ideal para instalá-los na sala de jantar:
– Os pendentes devem ficar a 80cm do tampo da mesa, de forma que, quando as pessoas se sentem, eles não fiquem na altura do rosto.
Para Sonia, a tendência são os lustres grandes, contemporâneos ou clássicos, dependendo do estilo da casa. Nos cômodos, ela indica as luzes amarelas para ambientes íntimos, pois trazem aconchego, e as brancas para cozinhas e banheiros, por serem mais frias.
Ao se mudar para um novo lar, é fundamental verificar os elementos que compõem o sistema de instalações elétricas do local. O conselho é do engenheiro civil e eletricista Orlando Sodré, consultor do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio):
– É necessário cuidar do quadro geral de distribuição dos circuitos, com seus respectivos dispositivos de proteção (disjuntores), que devem ser específicos para os pontos terminais de consumo ou equipamentos consumidores. Os condutores (cabos e/ou fios) e suas seções precisam estar adequados para cada carga demandada. Além disso, deve-se estar atento às condições dos pontos de iluminação, tomadas de uso geral e interruptores.
O cuidado é para evitar acidentes. Orlando salienta ainda que, se a mudança for para um apartamento, a pessoa deve estar atenta aos medidores gerais do edifício:
– Não deixe de verificar a capacidade total de carga, no armário geral de medidores do prédio. Veja, também, o tipo de fase (monofásica, bifásica ou trifásica) que atende o imóvel.
Para calcular se a capacidade elétrica atual irá suportar os aparelhos do novo morador, assim como redimensioná-la, caso seja necessário, Orlando explica que é preciso contratar um profissional técnico habilitado, com experiência na área de instalações elétricas, registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e cadastrado numa concessionária de energia local.