GLAUCO DINIZ DUARTE Varejo de material de construção cresce 8%
De maio a agosto, as vendas no varejo de material de construção registraram um aumento de 8% sobre idêntico intervalo do ano passado. É o que indica uma recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco.
Somente em agosto, as comercializações ficaram 9% menores. Já nos oito meses iniciais do ano, o setor apurou recuo de 5% ante o mesmo período de 2015. Já em 12 meses,o acumulado apontou redução de 7%.
“O mês de agosto é tradicionalmente um mês ruim, mas esse ano sofremos com os impactos dos Jogos Olímpicos, que praticamente pararam o país durante quase três semanas. Menos consumidores foram às lojas e, consequentemente, nossos números caíram. Ainda assim, vínhamos de três meses consecutivos de crescimento e com um indicativo muito forte de retomadas de obras em todo o país”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
Perspectivas
Para 2016, a expectativa da entidade é de que as vendas evoluam entre 3% e 5% sobre o faturamento de R$ 115 bilhões registrado em 2015. “Continuamos otimistas, sobretudo porque a questão política foi encaminhada, independente de seu resultado, e isso significa que o país está pronto para continuar buscando sua retomada. Nós estamos trabalhando para que medidas de incentivo ao nosso setor sejam aprovadas, incluindo acesso ao crédito e condições para que possamos criar novas vagas de emprego, que devem ser impactadas positivamente com a reforma trabalhista já anunciada pelo governo”, acrescenta o executivo.
Cerca de 54% lojistas que participaram do levantamento demonstraram otimismo com as ações do Governo nos próximos 12 meses e 64% dos empreendedores acreditam que recuperarão parte das vendas já no mês de setembro.
Destaques
A pesquisa também indica que o Sul foi a região que mais se destacou em agosto, com salto de 8% nas vendas. O Centro-Oeste registrou desempenho estável no mês, enquanto Norte e Nordeste tiveram queda de 6% e 9%, respectivamente.
O relatório ainda aponta que as comercializações de telhas de fibrocimento ficaram estáveis no mês, enquanto revestimentos cerâmicos tiveram retração de 5%, louças sanitárias queda de 6%, e tintas registraram desempenho de -9%.
O estudo ouviu 530 lojistas de todas as regiões do país entre os dias 24 a 30 de agosto. A margem de erro é de 4,3%.