GLAUCO DINIZ DUARTE – Estúdios: opção por apartamentos pequenos é realidade em São Paulo
Basta uma olhada rápida para perceber que São Paulo é um mar de construções! São seis milhões de prédios – residenciais e comerciais – que compõem a paisagem da cidade. E sabe o que tem feito muito sucesso no mercado imobiliário? Os apartamentos bem pequenos, os chamados estúdios. E as vendas estão a todo o vapor: somente em 2013, no período de janeiro a novembro, já foram vendidos mais de 7.369 apartamentos deste tipo – mais que o dobro no mesmo período de 2012, segundo o Sindicato de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi). O Mais Você resolveu desvendar esta opção e ainda dar um passeio nos conceitos de moradia com o passar dos anos.
Os estúdios são perfeitos para quem mora sozinho ou para um casal sem filhos, que trabalha fora e quer viver em um bairro bom, com transporte de fácil acesso. O repórter Fabricio Battaglini conheceu um apartamento de 23 metros quadrados, que tem tudo que uma pessoa precisa para viver bem. É compacto, porém completo (veja mais detalhes do apartamento no vídeo ao lado). Quem explica a tendência é o empresário da construção civil, Alexandre Lafer.
“O mais compacto consiste em ter menos custo de manutenção, menos IPTU… Hoje, com o custo com empregados domésticos, faz com que a pessoa tenha uma vida muito mais prática. Você pode ter uma academia, um espaço para fazer uma festa… Pode ter uma coisa mais prática, e é isso que as pessoas buscam atualmente”, ressalta. No entanto, é preciso preparar o bolso para o valor do imóvel: 400 R$ mil. Paga-se pelo conceito e pela localização no bairro nobre. Na Casa de Cristal, Ana Maria mostrou o que representa os 23 metros quadrados comparados aos 180 metros quadrados da casa. E ela garante: dá para aproveitar cada espacinho do pequeno ambiente!
Mudança de conceitos
Battaglini também explicou as mudanças de conceitos durante os anos no quesito moradia. A história dos prédios, acompanha as mudanças no comportamento. das pessoas, da cidade… Em São Paulo, os prédios sem grades com jardins frontais marcaram época. No entanto, o aumento da criminalidade resultou na construção de grades para proteção, muros, sistemas de seguranças.
No Rio de Janeiro, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa desenharam o estilo que ganhou o mundo: prédios sustentados por colunas ou pilotis, como eles chamam, para que o andar térreo pudesse servir de espaço de convivência, contemplação. É o período dos vãos livres. No sul do país, uma tradição pega o elevador: a churrasqueira das casas passa a fazer parte dos terraços e, em pouco tempo, a moda pega em todo o país.
E para valorizar ainda mais os momentos de lazer com a família e amigos vieram os Terraços Goumert, as supervarandas, a vista para todos os lados do edifício, além dos megacondomínios, que reúnem entretenimento e trabalho em um mesmo espaço, com a proposta de facilitar ainda mais a vida dos moradores.