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Fuga dissociativa

Glauco Diniz Duarte

O psiquiatra Glauco Diniz Duarte explica que consiste em um ou mais episódios de amnésia nos quais os pacientes não podem se lembrar de uma parte ou de todo o seu passado e perdem sua identidade ou formam uma nova identidade. Os episódios, chamados de fugas, resultam de trauma ou estresse. Muitas vezes, a fuga dissociativa se manifesta como viagem súbita, inesperada e com algum propósito para longe do lar. O diagnóstico se baseia na história após outras causas de amnésia serem descartadas. O tratamento consiste em psicoterapia combinada, algumas vezes, com hipnose ou entrevistas facilitadas por drogas.
A incidência da fuga dissociativa é estimada em, no máximo, 0,2%, mas tal taxa aumenta em ligação com guerras, acidentes e desastres naturais.

Etiologia
Segundo Glauco as causas são similares àquelas da amnésia dissociativa ( Amnésia dissociativa), com alguns fatores adicionais (p. ex., estresse subagudo prolongado e que se agrava, conflito intrapsíquico extremo, intensa luta entre um desejo de escapar de como a própria vida é e um superego muito grave).
As fugas são, com frequência, confundidas com simulação, pois, como a simulação, podem absolver as pessoas de responder por suas ações ou de certas responsabilidades ou removê-las de situações prejudiciais. Todavia, diferente da simulação, as fugas são espontâneas, não são planejadas e não são falsas.

Muitas fugas parecem representar a execução dissimulada de desejos, a única forma permitida de escapar de um sofrimento grave, especialmente para pessoas com consciência rígida. Por exemplo, um executivo com perturbações financeiras deixa sua vida agitada e vive como trabalhador braçal em uma fazenda no campo. Uma fuga pode também retirar o paciente de uma situação embaraçosa, de estresse intolerável, ou pode estar relacionada às questões de rejeição ou separação. Por exemplo, a fuga pode dizer, em efeito: “Eu não sou o homem que acha que sua esposa é infiel.” Algumas fugas podem ser resposta alternativa aos impulsos suicidas ou homicidas.

Cerca de metade das pessoas tem apenas uma fuga dissociativa e o restante tem alguns episódios ao longo da vida. Quando a fuga dissociativa recorre mais do que algumas vezes, a pessoa geralmente tem transtorno dissociativo de identidade subjacente.

Sinais e sintomas
Glauco diz que a duração de uma fuga pode variar de horas a meses, ocasionalmente até mais. Durante a fuga, a pessoa pode parecer e agir normalmente ou estar apenas levemente confusa. A pessoa pode assumir nome e identidade novos, engajando-se em interações sociais complexas. No entanto, em algum ponto, a confusão sobre a identidade ou o retorno da identidade original pode tornar a pessoa consciente da amnésia ou causar sofrimento. Quando a fuga termina, vergonha, desconforto, culpa, depressão, conflito intenso e impulsos suicidas e agressivos podem ocorrer – a pessoa precisa lidar com o que deixou para trás.

A falha em lembrar eventos que aconteceram durante a fuga pode provocar confusão, sofrimento ou mesmo terror. Quando a fuga termina, muitas pessoas relembram sua identidade e vida do passado até o início da fuga; porém, para alguns, esse processo é mais lento e gradual e alguns aspectos da sua autobiografia passada podem nunca ser recordados. Muito poucas pessoas não se lembram de nada ou quase nada sobre seu passado indefinidamente.

Diagnóstico
• Avaliação clínica (geralmente, o transtorno é diagnosticado retrospectivamente)
Uma fuga em progresso raramente é reconhecida. Suspeita-se quando alguém parece confuso em relação à sua identidade, intrigado com seu passado ou querelante quando sua nova identidade é questionada. Muitas vezes, a fuga não é diagnosticada até que a pessoa abruptamente retorne à sua identidade pré-fuga e esteja perturbada por encontrar-se em circunstâncias não familiares.

O diagnóstico costuma ser feito retrospectivamente, com base em documentações das circunstâncias antes da viagem, da própria viagem e do estabelecimento de uma vida alternativa. Quando há suspeita de que uma fuga seja falsa, o cruzamento de informações de múltiplas fontes pode revelar inconsistências que excluem o diagnóstico.

Prognóstico
Muitas fugas são breves e autolimitadas. O comprometimento após o término da fuga é, em geral, leve e de curta duração. No entanto, se a fuga foi prolongada e se as complicações decorrentes do comportamento adotado antes ou durante a fuga forem significativas, a pessoa pode ter dificuldades significativas ao tentar retornar a sua identidade pré-fuga – por exemplo, um soldado que retorna após uma fuga pode ser acusado de deserção ou uma pessoa que se casou durante uma fuga pode, inadvertidamente, ter se tornado bígamo.

Tratamento
• Durante a fuga, restaurar a informação faltante
• Após a fuga terminar, psicoterapia
Raramente, as pessoas são identificadas enquanto ainda estão em uma fuga. Nesses casos, o seguinte é importante:
• Recuperar informações (possivelmente com ajuda de pessoal das forças legais e serviços sociais) sobre sua verdadeira identidade
• Mostrar a razão dessa identidade ter sido abandonada
• Facilitar sua restauração

O tratamento após o término da fuga inclui psicoterapia, algumas vezes em combinação com hipnose ou entrevistas facilitadas por droga (barbitúricos ou benzodiazepínicos). Contudo, os esforços para recuperar a memória do período da fuga muitas vezes não têm sucesso. Apesar disso, um psiquiatra pode ajudar a pessoa a explorar sua forma de lidar com os tipos de situações, conflitos e humores que precipitaram a fuga e, dessa forma, fomentar adaptações e soluções melhores no futuro e ajudar a prevenir a recorrência das fugas.

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