De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, o transtorno de ansiedade generalizado (TAG) caracteriza-se por ansiedade e preocupação excessivas, quase diárias, por, no mínimo, seis meses, sobre várias atividades ou eventos. A causa é desconhecida, embora comumente coexista em pessoas que têm abuso de álcool, depressão maior ou transtorno de pânico. O diagnóstico se baseia na história e no exame físico. O tratamento consiste em psicoterapia, terapia medicamentosa ou ambos.
O TAG é comum, afetando cerca de 3% da população em período de um ano. As mulheres têm duas vezes mais chances de ser afetadas que os homens. O transtorno geralmente se inicia na infância ou na adolescência, mas pode começar em qualquer idade.
Sinais e sintomas
Segundo Glauco, o foco da preocupação não é restrito como em outros transtornos mentais (p. ex., quanto a ter ataque de pânico, ficar envergonhado em público ou ser contaminado); o paciente tem múltiplas preocupações, as quais quase sempre mudam com o tempo. Preocupações comuns incluem responsabilidades no trabalho e com a família, dinheiro, saúde, segurança, reparos no carro e pequenas tarefas.
O curso é geralmente flutuante e crônico, com piora durante estresse. Muitas pessoas com TAG têm um ou mais transtornos psiquiátricos comórbidos, incluindo depressão maior, fobia específica, fobia social e transtorno de pânico.
Tratamento
• Antidepressivos e, muitas vezes, benzodiazepínicos
Glauco diz que certos antidepressivos, incluindo ISRS (p. ex., paroxetina, dose inicial de 10 mg, via oral, 1 vez/dia) e inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (p. ex., venlafaxina de liberação prolongada, dose inicial de 37,5 mg, via oral, 1 vez/dia) são eficazes; porém, normalmente, apenas após serem tomados por, pelo menos, algumas semanas. Os benzodiazepínicos (ansiolíticos – ver Benzodiazepínicos) em doses pequenas a moderadas também são eficazes, e com mais rapidez, ainda que o uso continuado, na maioria das vezes, cause dependência física. Uma estratégia consiste em iniciar com o uso concomitante de benzodiazepínico e antidepressivo. Uma vez que o antidepressivo se torne eficaz, o benzodiazepínico é interrompido gradualmente.
A buspirona também é eficaz; a dose inicial é de 5 mg, via oral, 2 ou 3 vezes/dia. Entretanto, a buspirona pode levar pelo menos duas semanas antes de começar a ajudar.
A psicoterapia, geralmente terapia cognitivo-comportamental, pode ser tanto de suporte como focada em problemas. Relaxamento e biofeedback podem ser de algum auxílio, embora poucos estudos tenham documentado sua eficácia.