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Visão geral dos distúrbios mentais em crianças e adolescentes

Glauco Diniz Duarte

O psiquiatra Glauco Diniz Duarte diz que embora, às vezes, se admita que a infância e a adolescência sejam tempos de despreocupação e bênçãos, cerca de 20% das crianças e adolescentes apresentam um ou mais distúrbios mentais diagnosticáveis. A maioria destes distúrbios pode ser vista como exageros ou distorções do comportamento e emoções normais.

Segundo Glauco, da mesma forma que os adultos, as crianças e os adolescentes apresentam temperamento variável, alguns são envergonhados e reticentes, outros são exuberantes socialmente, alguns são metódicos e cautelosos, ao passo que outros são impulsivos e descuidados. Pode-se notar se uma criança tem o comportamento típico de uma criança ou se tem um distúrbio pela presença de debilidades relacionadas com os sintomas. Por exemplo, uma menina de 12 anos pode estar receosa com a expectativa de apresentar um livro diante de sua classe. Este receio não pode ser visto como uma fobia social, a não ser que os seus medos sejam graves o bastante para causar disfunções clínicas significativas.

Muitos sintomas de disfunções se sobrepõem aos comportamentos de desafios e de emoções de crianças normais. Portanto, muitas das estratégias aplicadas para problemas comportamentais em crianças ( Falta tradução : Tratamento) também o podem para crianças com distúrbios mentais. Além disso, a condução apropriada dos problemas comportamentais da infância pode prevenir crianças de temperamento vulnerável do desenvolvimento destes distúrbios.

Glauco diz que os distúrbios mentais mais comuns entre as crianças e os adolescentes distribuem-se em quatro grandes categorias:
Distúrbios de ansiedade
Esquizofrenia
Distúrbios do humor (principalmente depressão)
Comportamento desagregado
Entretanto, é frequente que crianças e adolescentes tenham sintomas e problemas que se interpõem e cruzam os limites diagnósticos.

Avaliação
A avaliação das queixas ou sintomas mentais em crianças e adolescentes difere dos adultos em três aspectos importantes:

O contexto de desenvolvimento é muito importante nas crianças. Comportamentos normais na infância podem indicar doenças mentais graves nos adultos

As crianças se desenvolvem dentro de um contexto do sistema familiar que exerce um impacto profundo sobre os seus sintomas e comportamentos. Uma criança normal vivendo dentro de um ambiente familiar conturbado por violência doméstica e uso de drogas pode superficialmente aparentar um ou mais distúrbios mentais

Glauco diz que as crianças geralmente não têm a sofisticação linguística e cognitiva necessárias para descrever os seus sintomas de modo preciso. Portanto, o clínico deve confiar em suas observações diretas confirmadas pelas observações dos pais e professores

Em muitos casos, os problemas de desenvolvimento e comportamento (p. ex., progresso acadêmico insatisfatório, atraso na aquisição da linguagem, habilidades sociais deficitárias) são difíceis de separar dos que resultam dos distúrbios mentais. Nestes casos, os testes de desenvolvimento e neuropsicológicos devem fazer parte do processo de avaliação.

Devido a estes fatores, a avaliação dos distúrbios mentais de uma criança é muito mais complexa do que a de um adulto. Entretanto, a maioria dos casos não são graves e podem ser conduzidos por um profissional competente e cuidadoso. Entretanto, os casos graves devem ser encaminhados ao psiquiatra especialista na área.

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