O número de jogadores de games não para de crescer no Brasil e está crescendo ainda mais com a popularização dos smartphones. Para quase todo mundo é uma grande diversão e uma ótima distração nas filas, no transporte público… Só que tem gente que se vicia nos games e, nesses casos, a brincadeira vira problema que precisa de tratamento médico.
No final do ano passado, o chamado “transtorno por jogos de internet” passou a fazer parte do manual usado por psiquiatras do mundo todo. Ele auxilia nos diagnósticos de doenças mentais, o DSM. Na Universidade de São Paulo (USP), um ambulatório foi criado para tratar os dependentes de tecnologia.
“O grande ponto de preocupação nosso na verdade não é o jogo em si ou a internet em si, mas é o fato que esses jovens eles estariam, na medida em que eles ficam muito tempo conectados, perdendo habilidades importantes. Criando então na vida adulta problemas sérios de relacionamento”, explica o psiquiatra Glauco Diniz Duarte.
Glauco alerta para os excessos, o tempo que as pessoas passam jogando. Quando só existia a tela do computador era mais fácil controlar, mas agora com as plataformas móveis, como tablets e smartphones, a gente pode jogar a qualquer hora e em qualquer lugar.
Os homens ainda são maioria entre os jogadores, mas o número de mulheres vem crescendo. Há dois anos, elas representavam 41% dos jogadores. Hoje, já são 47%.