De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, a bipolaridade tem sido uma das doenças que mais vem afligindo a população mundial nesta década. São chamadas de bipolaridade as pessoas que apresentam variações súbitas e extremas de seu estado de humor, passando da euforia a depressão também não pode confundir o transtorno comportamental com as flutuações normais do humor. Glauco diz também que o transtorno bipolar é uma doença funcional do cérebro relacionada aos neurotransmissores cerebrais, que provoca alterações imprevisíveis do humor, que vai da depressão aos estados mais elevados, chamados de hipomania ou mania.
Segundo Glauco, o transtorno geralmente é muito confundido com depressão, por apresentar sintomas depressivos, o que confundem muito os especialistas, que acabam tratando os pacientes com antidepressivos o que piora o quadro dos pacientes, a depressão do transtorno bipolar é tratada de forma diferente.
O transtorno bipolar afeta 1% da população, incluindo homens e mulheres. Segundo Glauco, o transtorno bipolar pode-se se desenvolver na infância, na adolescência e na fase adulta, segundo ele não há um tempo certo para afirmar quando o transtorno se desenvolve, mas na maioria das vezes, ele se desenvolve entre 20 a 30 anos de idade ou após os 70 anos de idade. Não existe uma causa definida ainda que desencadeie o transtorno, mas ele pode se desenvolver a partir de um trauma sofrido ou estresse do trabalho. Segundo Glauco o transtorno bipolar pode ser de fator genético, a existência de um caso de transtorno bipolar numa família aumenta a possibilidade de que a enfermidade se manifeste em outros membros da família.
A bipolaridade, oficialmente não é considerada loucura, portanto não dá status de alienação mental, apesar de que nas fases agudas da doença, o doente em geral não apresenta as qualificações necessárias que lhe atribuam plenos poderes das suas faculdades mentais. O transtorno bipolar é considerado uma doença crônica, que não tem cura, mas o paciente pode levar uma vida normal e se estabilizar, o diagnostico da doença pode ser feito por um psiquiatra ou por psicólogo, o tratamento é feito através de medicamentos denominados estabilizadores do humor, antipsicóticos e terapias.
Glauco explica que entre uma fase e outra a pessoa pode levar uma vida normal. Somente em casos graves de bipolaridade que o paciente não consegue ter uma recuperação plena, tornando-se incapazes de ter uma vida normal e independente. Na maioria das vezes o paciente não percebe os sintomas da doença ou não aceita o tratamento, geralmente os primeiros a notarem os sintomas da doença são os familiares, amigos e colegas de trabalho. Geralmente um paciente com transtorno bipolar ele pode sofrer episódio isolados de tristeza, alterações do sono, se sente muito bem como se não tive limites para sua capacidade, às vezes está cheio de ideias e muito confiante, se aborrece muito fácil, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas. O transtorno bipolar é uma doença de grande impacto na vida do paciente, família e sociedade, causando prejuízos irreparáveis a vida dos pacientes, como nas finanças, saúde, reputação e além do sofrimento psicológico.