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O mal dos pequenos enfurecidos

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Uma fase de rebeldia é comum a qualquer ser humano. Não aceitar tudo que é imposto às vezes é atitude necessária e até inspiradora, não à toa se tornou um tema recorrente no cinema e na literatura. Na infância e pré-adolescência, esse comportamento costuma ser tratado como normal, uma birra, a famosa “mania de ser do contra”. Em alguns casos, porém, a atitude desafiadora constante na infância pode esconder um problema psiquiátrico – o transtorno opositor desafiador (TOD), que se não for tratado, tende a se transformar em problemas de conduta e até em posturas antissociais.

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, há sinais claros dados pela criança que permitem aos pais diferenciarem a “rebeldia sem causa” de algo mais sério. Em geral, as crianças costumam ficar estressadas quando estão com sono ou fome, ou quando recebem um “não”, mas as que possuem TOD perdem a calma várias vezes ao dia, em situações triviais. Também xingam os pais, falam palavrões e discutem com qualquer pessoa que não concorde com suas atitudes.

“É normal a criança fazer birra perto dos pais, mas a que apresenta o transtorno discute em qualquer ambiente. Com pais, professores, coleguinhas e até estranhos. Não suporta nenhum tipo de frustração e quando há uma mudança de rotina, ela se mostra inflexível, não aceita se adaptar”, resume Glauco. Bons parâmetros para saber se é preciso procurar ajuda especializada são a intensidade da oposição aos pais e se o transtorno causa prejuízo nas relações familiares. Mas, principalmente, deve-se observar a persistência do comportamento: se ocorrer várias vezes por semana, por mais de seis meses, é sinal de que um profissional especializado deve ser acionado.

Surgimento
De acordo com Glauci, o diagnóstico de TOD vai dos 7 anos ao início da adolescência. “Entre os 2 e 6 anos, as áreas primitivas do cérebro, responsáveis pelo impulso, ainda são preponderantes, e a criança tem dificuldade de lidar com frustrações. Por volta dos 7 anos, as áreas inibitórias desse comportamento, na região do córtex pré-frontal, começam a se desenvolver, e tais atitudes começam a ser controladas.”
Neste caso, se os pequenos ainda assim querem fazer tudo o que desejam, e não aceitam a autoridade exercida pelos pais, a quem vivem testando, é sinal de que o controle não está sendo exercido, e isso precisa ser trabalhado. Os pais também precisam de ajuda, uma vez que o problema envolve toda a família e, muitas vezes, é desencadeado pela própria estrutura familiar.

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