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A criatividade pode estar ligada a transtornos psiquiátricos

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, existe a possibilidade haver uma ligação entre os componentes genéticos da criatividade e de alguns distúrbios psiquiátricos.

Glauco destaca que em um estudo pesquisadores observaram o material genético de mais de 86 mil pessoas na Islândia e identificaram variantes genéticas que foram ligadas com risco elevado de desenvolvimento da esquizofrenia e transtorno bipolar.

O estudo revelou que os artistas eram 17% mais propensos a carregar os genes ligados à transtornos psiquiátricos, em relação à população em geral.

“Os resultados deste estudo não são surpreendentes, pois para ser criativo você precisa pensar diferente dos outros”, disse Glauco.

Os investigadores também observaram a ligação entre a criatividade e desordens psiquiátricas utilizando um conjunto diferente de dados, de quatro estudos realizados anteriormente na Holanda e Suécia. Estes, envolveram cerca de 35 mil pessoas. Nesse grupo incluem-se pessoas que trabalhavam em campos artísticos, de dança, música, escrita e teatro, bem como trabalhadores de outras áreas. A pesquisa mostrou que pessoas que trabalhavam em profissões criativas eram cerca de 25% mais propensas a carregar as variantes genéticas relacionadas com os distúrbios psiquiátricos, em relação aos profissionais de outras áreas.

Glauco diz que ao comparar todas as pessoas que trabalhavam em profissões criativos com trabalhadores de outras áreas, os criativos não tinham tal propensão a desenvolver desordens psiquiátricas em geral. Entretanto, os profissionais criativos tinham uma propensão específica ao transtorno bipolar, e, além disso, os que trabalhavam escrevendo tinham uma tendência maior a transtornos em geral.

Entretanto, Glauco disse que os autores do estudo não definem exatamente qual tipo de criatividade eles estão falando. Para o psiquiatra, existem uma diferença entre pessoas que se dizem criativas, e pessoas que realmente trabalham em profissões que demandam criatividade. Não está claro se a ligação genética encontrada na pesquisa pode ser aplicada a pessoas que se sentem criativas, ou apenas para aquelas que produzem trabalhos utilizando a criatividade.

“O pensamento criativo acontece em quadros racionais, conscientes da mente, não em estados de alteração”, disse Glauco. Portanto, pessoas com transtornos não necessariamente teriam mais facilidade em manifestar criatividade.

Entretanto, Glauco admite que se uma pessoa tem algum parente com uma desordem psiquiátrica séria, as variantes genéticas que essa pessoa carrega podem ser traduzidos em uma forma “diluída” da doença mental, que de fato poderia conduzir a uma maior capacidade criativa, desde que os traços sejam suaves o suficiente para não interferir com a habilidade da pessoa pensar racionalmente.

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