O psiquiatra Glauco Diniz Duarte, esclarece algumas dúvidas sobre síndrome do pânico. Segundo o médico, em casos mais raros, crianças podem manifestar a doença com sintomas como medo (de ficar sozinha ou ir para a escola), choro e vontade de fugir dos lugares.
Mas, segundo Glauco, geralmente o distúrbio começa a surgir na adolescência e, nessa fase, os jovens apresentam os sintomas típicos: taquicardia, desespero e sufocação. Desmaios durante as crises não são comuns, mas podem acontecer em uma porcentagem pequena de pessoas.
Glauco destacou que síndrome do pânico não é um “piripaque” ou algo sem importância, mas também não é necessário sair correndo atrás de um médico ou pensar que vai morrer. Se a crise não passar em 30 minutos, é bom procurar um pronto-socorro. Acalmar a vítima também ajuda.
Glauco explicou que é comum ter crises de pânico apenas em ambientes específicos, como no trabalho. Aí, há uma relação entre fobia e os ataques.
Já ansiedade e síndrome do pânico são problemas diferentes. O primeiro é uma defesa flutuante do ser humano e dos animais em geral. Ela antecipa o medo ou o que poderá acontecer: será que alguém vai à minha festa, vou chegar a tempo ao trabalho, me saí bem na entrevista de emprego? Já o transtorno de pânico se desenvolve e tende a ficar crônico. Porém, quando a ansiedade se torna rotina e atrapalha a vida, também vira doença: a ansiedade generalizada.
De acordo com glauco, pânico, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) são quadros paralelos, sem relação de causa e efeito. Apesar disso, 70% das pessoas que não tratam o pânico tendem à depressão.
A morte de um parente ou um acidente pode desencadear um caso de pânico, mas é mais comum que o distúrbio ocorra espontaneamente. Doenças como hipertireoidismo também podem causar crises de pânico e ansiedade, em que o indivíduo sofre “brancos”, desorientações e distúrbios de atenção.