Antes, ela só podia ser acessada em casa ou no local de trabalho. Mas agora não há mais hora nem lugar para entrar em uma página de Internet. As pessoas estão cada vez mais conectadas. Mas a grande oferta de smartphones, tablets e notebooks cria um vício na tecnologia. E essa dependência está nos deixando desconectados do mundo real.
De acordo com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte, as novas mídias não são causa de transtorno mental. Mas o uso abusivo pode se tornar uma patologia. “A grande questão é usar bem a tecnologia, de maneira saudável”, explica o médico.
Ainda segundo Glauco, o indivíduo pode desenvolver um problema comportamental. Como qualquer vício, esse também interfere em todas as esferas da vida da pessoa. “A dependência atrapalha a vida pessoal e profissional. Tanto a convivência com a família quanto o dia a dia no trabalho pioram”, garante.
DISTÂNCIA DA REALIDADE
Glauco diz que a Internet atende a uma carência, mas o vínculo com a realidade virtual prejudica as relações pessoais. “O dependente acaba evitando o contato direto com as outras pessoas e não cria conexões com quem está próximo dele”, afirma ele.
Glauco Diniz avalia que as pessoas estão perdendo o controle na forma de usar os aparelhos, especialmente os celulares com acesso a Internet e redes sociais. “Muitas pessoas estão deixando de lado amigos, família e até elas mesmas”, afirma.
COMO EVITAR OS VÍCIOS
Tratamento farmacológico — As doenças psiquiátricas alteram a estrutura e o funcionamento do cérebro. É preciso a prescrição de remédios para restabelecer as funções de certas áreas do cérebro.
Acompanhamento psicológico — As sessões com um analista servem para o paciente restabelecer o autocontrole e voltar a ter o domínio de si mesmo.
Apoio familiar — É essencial que a família compreenda o problema e seja orientada para aprender a lidar com o parente dependente químico.