O Simpósio Internacional de Neurociências da Associação Brasileira de Psiquiatria realizado em São Paulo discutiu as diversas formas de depressão e sua relação com outros transtornos, como a depressão em bebês, crianças e adolescentes, depressão pré e pós-parto, os antidepressivos e as novidades da área médica sobre essa doença.
O Cotidiano conversou com o psiquiatra Glauco Diniz Duarte. Ele diz que existe um preconceito tão grande, que muita gente pensa que depressão é algo da cabeça da pessoa, que só tem se quiser, que é fácil reagir. “Mas nenhuma doença médica pode ser vista dessa maneira e a depressão muito menos”, explica.
O psiquiatra avalia que a depressão pode aparecer em qualquer pessoa, em qualquer época da vida, e às vezes, de forma silenciosa, com sintomas físicos, como dores no corpo, sensação de mal estar, náuseas, constipação intestinal e outras.
Segundo Glauco, no Brasil, atualmente, há entre 17 a 20 milhões de pessoas apresentando algum tipo de quadro depressivo e a possibilidade de tratamento é muito difícil de conseguir na rede pública. “A depressão chega a ser a primeira causa de afastamento do trabalho”, conta.